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Biden inicia comemorações do 4 de julho com eventos para tranquilizar democratas

04/07/2024 08h31

Por Steve Holland e Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - Para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobreviva à pressão para desistir de sua candidatura à reeleição depois de um desempenho ruim em um debate contra Donald Trump na semana passada, ele precisa enfrentar uma série de eventos nos próximos dias.

À medida que crescem os apelos de alguns de seus próprios aliados democratas para que ele se afaste, e o apoio se une em torno da ideia de que a vice-presidente Kamala Harris assuma seu lugar na eleição de novembro, Biden precisa demonstrar resistência e acuidade mental aos eleitores e doadores.

Ele receberá famílias nas festividades anuais do Dia da Independência na Casa Branca nesta quinta-feira, será entrevistado pela ABC News na sexta-feira e viajará para Wisconsin no mesmo dia para um comício de campanha com centenas de apoiadores.

No domingo, Biden e sua esposa Jill discursarão para milhares de pessoas na Associação Nacional de Educação, na Pensilvânia. Na próxima semana, ele recebe dezenas de líderes mundiais na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Washington, e realiza uma rara coletiva de imprensa individual. Ele também tem realizado várias entrevistas de rádio.

Dezenas de deputados democratas estão observando atentamente, preparados para pedir a Biden que se afaste se ele não tiver uma boa performance na entrevista à ABC, disse uma fonte à Reuters.

As pesquisas de opinião mostraram um leve revés para Biden após o debate da semana passada em Atlanta, mas um novo levantamento Reuters/Ipsos apontou Biden empatado com Trump, um sinal de que a disputa continua acirrada.

Trump e Biden tiveram, cada um, 40% de apoio entre os eleitores registrados na pesquisa de dois dias concluída na terça-feira. Uma pesquisa anterior da Reuters/Ipsos, realizada em 11 e 12 de junho, mostrou Trump com uma vantagem marginal de 2 pontos percentuais, 41% a 39%.

Biden, que teria 86 anos ao fim de um segundo mandato, está recebendo pedidos de alguns ex-apoiadores para se afastar, a fim de preservar seu legado e diminuir as chances de uma segunda Presidência de Trump.

Em uma entrevista com Earl Ingram, do programa de rádio "The Earl Ingram Show", na quarta-feira, Biden disse que continuará lutando.

"Eu fiz besteira, cometi um erro. Foram 90 minutos no palco. Veja o que eu fiz nos últimos três anos e meio", disse ele.

Biden se reuniu com um grupo de governadores democratas na quarta-feira na Casa Branca para defender sua permanência na disputa. Alguns disseram aos repórteres que estão ao seu lado.

"O presidente Joe Biden está nessa para vencer", disse a governadora de Nova York, Kathy Hochul, aos repórteres após as conversas.

O governador de Maryland, Wes Moore, afirmou: "Sabemos que temos trabalho a fazer. Vamos precisar de todos nós para que isso aconteça." 

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