Alimentos: Uncab é contrária ao imposto seletivo sobre bebidas açucaradas
Brasília, 04/07 - A União Nacional da Cadeia Produtiva de Alimentos e Bebidas (Uncab) diz, em nota, ser "totalmente contrária à incidência do imposto seletivo sobre bebidas açucaradas", como prevê o relatório do projeto de regulamentação da reforma tributária. "Acreditamos que todos os alimentos e bebidas têm valor, compõem a mesa brasileira e estão presentes no dia a dia dos consumidores de todas as classes sociais. Aumentar o imposto sobre as bebidas não alcoólicas só fará a população pagar mais caro", criticou a entidade.A Uncab reúne a Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi), a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas Não Alcoólicas (Abir), a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A união representa 38 mil indústrias, que processam 61% da produção agropecuária.Na nota, a organização afirma que bebidas açucaradas representam 1,7% do consumo de calorias dos brasileiros, de acordo com a última pesquisa de orçamentos familiares do IBGE) e que a frequência do consumo de bebidas açucaradas no Brasil caiu 51,8% conforme pesquisa do Ministério da Saúde. "Obesidade e doenças crônicas têm causas multifatoriais e mais imposto não é a solução. O México é o exemplo mais emblemático", defendeu a Uncab. De acordo com a entidade, no México o imposto sobre bebidas açucaradas aumentou de 17% para 28% em 2014, enquanto o sobrepeso ou obesidade subiu de 72,5% em 2014 para 74,10% em 2020. "Vale destacar que essa categoria, no Brasil, já possui uma das cargas tributárias mais altas da América Latina", apontou a Uncab.
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