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Petróleo sobe, ajudado por queda das reservas e esperança de corte nos juros

03/07/2024 18h07

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (3), impulsionados por uma queda inesperada nos estoques de petróleo dos Estados Unidos e pelo aumento das esperanças de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

O preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em setembro subiu 1,27%, fechando a 87,34 dólares.

O barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA, com vencimento em agosto, subiu 1,29% para 83,88 dólares.

O petróleo se beneficiou de um relatório da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA), que mostrou que os estoques comerciais de petróleo diminuíram em 12,2 milhões de barris na semana que terminou em 28 de junho, superando com folga as expectativas dos analistas de uma queda de apenas 1 milhão de barris.

"Em geral, este relatório foi positivo para os preços, já que houve queda em tudo, incluindo produtos refinados", comentou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Os estoques de gasolina também caíram, diminuindo em 2,2 milhões de barris, enquanto o mercado esperava uma redução de apenas 1 milhão de barris.

A demanda por gasolina aumentou 5%, alcançando seu nível mais alto em oito meses.

Este aumento era esperado, uma vez que ocorre antes do fim de semana do feriado de 4 de julho, um período de grandes deslocamentos nos EUA.

Apesar desses dados positivos, a demanda por gasolina ainda está abaixo dos níveis do ano passado, o que limita o entusiasmo dos operadores, segundo Lipow.

A seguradora automotiva AAA espera que 60,6 milhões de pessoas dirijam pelo menos 80 km de casa nos próximos quatro dias, o que seria um recorde histórico.

No entanto, a demanda de gasolina permanece abaixo do nível do ano passado (-1,8%), o que atenua o entusiasmo dos operadores, argumenta Lipow.

José Torres, analista da Interactive Brokers, acrescentou que os preços do petróleo também foram impulsionados por indicadores que sugerem que a economia dos EUA está perdendo força.

tu/er/db/dga/am

© Agence France-Presse

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