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Executivo da Microsoft acredita que tudo que está na internet pode ser usado para treinar IA

03/07/2024 16h32

Mustafa Suleyman, CEO da Microsoft AI, divisão da empresa responsável pelos seus projetos na área, afirmou que tudo que é publicado online pode ser considerado freeware, ou seja, pode ser utilizado para treinar modelos de inteligência artificial (IA) generativa sem a necessidade de pagamento ou pedido de consentimento. Esse tipo de IA é usado para gerar textos, imagens e vídeos a partir de comandos do usuário.

"Com relação ao conteúdo que já está na web aberta, o contrato social desse conteúdo desde os anos 90 é que ele seja de uso honesto. Qualquer um pode copiá-lo, recriá-lo, reproduzi-lo. Você pode chamar isso de freeware", declarou Suleyman em uma entrevista para à CNBC.

Assim, qualquer post, texto ou mídia publicado na internet poderia ser usado para aperfeiçoar inteligências artificiais, na opinião do executivo. A exceção seria apenas quando existem restrições claras de proibição do uso de determinado conteúdo.

Modelos de inteligência artificial generativa, a exemplo do Gemini, do Google, exigem grandes quantidades de dados e informações para serem aperfeiçoados. Com o crescimento da tecnologia, questões sobre privacidade e direito autoral sobre dados que alimentam esses algoritmos se tornaram urgentes.

A declaração de Suleyman acontece no auge da disputa entre a Meta e o governo brasileiro. A empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp alterou sua política de privacidade para permitir que posts de usuários sejam utilizados para treinar a inteligência artificial da companhia, que pretende criar uma espécie de ChatGPT próprio.

O processo pouco transparente fez a Autoridade Nacional de Proteção de Dados exigir nesta terça, 2, que a Meta pausasse o processo sob pena de multa de R$ 50 mil.

A declaração de Suleyman também ocorre em meio ao processo do New York Times contra a OpenAI e a Microsoft em decorrência do suposto uso de diversos artigos do veículo para treinar seus modelos de inteligência artificial.

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