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CPI de maio traz prova adicional de que algum progresso na inflação é evidente, diz ata do Fed

São Paulo, 3

03/07/2024 16h13

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) avaliaram que dados recentes indicavam melhora em uma série de categorias de preços, na inflação dos Estados Unidos, inclusive em serviços. Na avaliação deles, "parte desse progresso era evidente na mudança mensal menor no núcleo do PCE", o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), em abril, bem como na leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio dos EUA, que teria mostrado "evidência adicional" no mesmo sentido de perda de fôlego da inflação. A constatação está na mais recente ata do Fed, relativa à reunião de 11 e 12 de junho, publicada nesta quarta-feira, 3.

Ao discutir o quadro, os dirigentes notaram que, após "um declínio significativo" no segundo semestre de 2023, ocorria no início do ano atual uma "falta de maior progresso" rumo à meta de 2%. Os dirigentes julgaram que, embora a inflação seguisse elevada, houve "mais progresso modesto" rumo ao objetivo nos últimos meses. Dados recentes também indicavam melhora em uma série de categorias de preços, diz a ata. "Alguns dirigentes comentaram que o atingimento sustentado do objetivo de inflação em 2% seria ajudado por uma inflação geral de serviços mais baixa, e alguns notaram que a inflação de habitação demorava a desacelerar por enquanto."

A ata também aponta que, para vários dirigentes, havia desaceleração no crescimento salarial. Por outro lado, alguns ponderaram que a inflação pode ficar elevada por mais tempo, apesar de ela ter desacelerado ao longo do último ano. O documento ainda diz que vários dirigentes citaram risco de desancoragem nas expectativas de inflação, caso se materializem cenários negativos, como piora no quadro geopolítico, tensões comerciais, inflação mais persistente e uma política fiscal de mais gastos. Atualmente, porém, eles julgam que as expectativas no longo prazo continuam ancoradas.

Juros

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) concordam que não deve ser apropriado cortar juros até que haja maior confiança de que a inflação caminha de maneira sustentada de volta à meta de 2%.

Os participantes da reunião também ressaltaram que a força contínua do mercado de trabalho pode ser consistente com o cumprimento dos dois lados do mandato do FOMC (estabilidade de preços e pleno emprego). No entanto, "poderá ser necessário algum novo arrefecimento do mercado de trabalho" para alcançar os objetivos.

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