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China apoia adesão do Cazaquistão ao Brics; mira reservas de energia

03/07/2024 12h36

Por Joe Cash

PEQUIM (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, disse que apoia a adesão do Cazaquistão ao Brics, informou a mídia estatal chinesa nesta quarta-feira, à medida que o grupo estuda uma maior expansão para rivalizar com uma ordem mundial dominada pelo Ocidente que considera ultrapassada.

Falando à imprensa ao lado do presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, após uma reunião na capital do país da Ásia Central, Xi incentivou o Cazaquistão a "desempenhar o papel de uma potência média no cenário internacional e fazer sua devida contribuição para a governança global", ao mesmo tempo em que endossou a adesão de Astana.

A China e a Rússia estão pressionando pela expansão do Brics, que também inclui o Brasil, a Índia e a África do Sul, entre outros, à medida que buscam combater o domínio econômico do Ocidente.

Originalmente um acrônimo cunhado pelo então economista-chefe do Goldman Sachs Jim O'Neill, em 2001, o bloco foi fundado como um clube informal de quatro países em 2009 e acrescentou a África do Sul um ano depois.

Em agosto do ano passado, o grupo concordou em admitir Arábia Saudita, Irã, Etiópia, Egito e Emirados Árabes Unidos. Entretanto, a Arábia Saudita ainda não se juntou ao grupo.

A Argentina havia planejado entrar, mas o presidente Javier Milei revertou a decisão logo após assumir o cargo em dezembro.

Xi está no Cazaquistão para participar de uma reunião de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai de 3 a 4 de julho.

Durante sua reunião com Tokayev, a China e o Cazaquistão também concordaram em dobrar seu comércio bilateral o mais rápido possível e aprofundar a cooperação na exploração, extração e processamento de petróleo e gás, acrescentou a reportagem.

O petróleo bruto e os gases de petróleo constituíram a maior parte das exportações do Cazaquistão para a China no ano passado, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas, com remessas de saída para a segunda maior economia do mundo no valor de 3,8 bilhões e 1,5 bilhão de dólares, respectivamente.

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