Topo
Notícias

Governo de SP assume 'obra mais atrasada do estado', com previsão de entrega até 2026

Obra do residencial Morar Bem 2, em Ferraz de Vasconcelos, era tocada pelo município e deveria ter sido entregue em 2009 - Divulgação/Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos
Obra do residencial Morar Bem 2, em Ferraz de Vasconcelos, era tocada pelo município e deveria ter sido entregue em 2009 Imagem: Divulgação/Câmara Municipal de Ferraz de Vasconcelos

São Paulo

02/07/2024 19h35

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), vinculada ao governo de São Paulo, assumirá a partir desta quarta-feira, 3, o empreendimento Residencial Morar Bem 2, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo.

A obra é a mais atrasada de todo território paulista, de acordo com levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Prevista inicialmente para ser concluída em novembro de 2009, a população aguarda até o momento a entrega das 188 casas populares. O projeto foi iniciado em 2007. Ferraz de Vasconcelos é o primeiro município após o fim da Zona Leste, faz divisa com a capital.

De acordo com dados da CDHU, o governo paulista desembolsará R$ 27,9 milhões para conclusão das casas populares. Anteriormente, a verba para destravar a construção era oriunda do governo federal e era tocada pelo município. O Estadão mostrou no dia 15 de junho que a prefeitura de Ferraz de Vasconcelos havia solicitado ajuda ao governo paulista para terminar a obra. "O cronograma prevê a conclusão dos serviços em 18 meses, com mais seis meses para cumprimento de obrigações contratuais", informou a CDHU. A determinação para a companhia assumir a construção partiu do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em 2021, quando o empreendimento já contava com 12 anos de atraso, a prefeitura publicou, em seu site, que a obra estava em "ritmo acelerado". Em 2023, pediu ajuda ao governo de São Paulo para concluí-la. O problema para o andamento da obra começou em 2008, segundo registros do TCE, quando a empresa contratada para a construção entrou em recuperação judicial.

A prefeitura de Ferraz de Vasconcelos diz que o projeto foi iniciado em 2007, com investimento de R$ 27,3 milhões do governo federal e R$ 2,7 milhões da prefeitura e que, desde o início, enfrentou dificuldades na execução.

Segundo a prefeitura, a primeira empresa contratada não cumpriu as cláusulas de contrato, houve um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com outra empresa para finalizar as casas, mas esta também não conseguiu cumprir o acordo devido a "dificuldades financeiras".

Notícias