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Reconstrução do RS exigirá a contratação de 60 mil novos trabalhadores

Limpeza das ruas de Mathias Velho, em Canoas, RS - Prefeitura de Canoas/Divulgação
Limpeza das ruas de Mathias Velho, em Canoas, RS Imagem: Prefeitura de Canoas/Divulgação
do UOL

Adriana Machado

Colaboração para o UOL, de Porto Alegre

01/07/2024 04h00

No Rio Grande do Sul, a reconstrução de cidades como Eldorado do Sul, Guaíba e Canoas exigirá 60 mil novos profissionais nos canteiros de obras, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (STICC). Segundo o presidente do STICC, Gelson Santana, já é possível começar essa reconstrução, e as áreas estão em fase final de preparo. Em paralelo, os projetos e recursos já estão disponíveis.

De onde virão esses profissionais

Essas construções partem do plano do governo federal, firmado em conjunto com construtoras capacitadas, com mão de obra disponível e a ser contratada.

O presidente do sindicato, Gelson Santana, disse que muitos trabalhadores que haviam migrando para outras áreas devem voltar para a atividade. "O importante agora é atrair os jovens para o mercado. Este é o momento. Já estamos desenvolvendo um projeto para isto", afirma ele.

A maioria dos trabalhadores que foram atingidos parcialmente já retornaram para suas moradias.

A média salarial é de mais de R$ 2.000. São dados do sindicato, que representa 115 mil trabalhadores de 25 cidades. As principais áreas que precisarão de profissionais são o mercado imobiliário, construção pesada e infraestrutura.

Em março, houve geração de emprego em quatro de cinco áreas no RS. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a construção civil, por exemplo, gerou 1.686 novas vagas de carteira assinada.

Os municípios do Rio Grande do Sul calculam que ao menos 99,8 mil casas (como residências, prédios e condomínios) foram destruídas ou danificadas pelas tempestades e enchentes. Prejuízo estimado é de R$ 4,6 bilhões.

Gelson Santana não acredita que o preço do material de construção ficará mais caro, pois deverá atender às caracteristicas específicas dessa necessidade e dos recursos disponibilizados pelo governo federal. "Na minha visão, creio que todas as partes precisam ter a sensibilidade social e não ver nesse momento a oportunidade de ganharem mais.", diz ele.

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