Nvidia enfrentará acusações de regulador francês sobre práticas anticoncorrenciais, dizem fontes
BRUXELAS (Reuters) - A Nvidia está prestes a ser acusada por um órgão regulador antitruste francês de supostas práticas anticompetitivas, disseram fontes com conhecimento direto do assunto, o primeiro órgão a agir contra a empresa.
As acusações viriam após operações envolvendo o setor de placas gráficas em setembro do ano passado, que, segundo fontes, tiveram como alvo a Nvidia. As incursões foram o resultado de uma investigação mais ampla sobre computação em nuvem.
A maior fabricante mundial de chips, usados tanto para inteligência artificial quanto para computação gráfica, viu a demanda por seus saltar após o lançamento do ChatGPT, desencadeando escrutínio regulatório em ambos os lados do Atlântico.
A autoridade francesa e a Nvidia não quiseram comentar. A empresa, em um documento regulatório do ano passado, disse que reguladores da União Europeia, China e França tinham solicitado informações sobre suas placas gráficas.
O órgão de fiscalização francês, em um relatório divulgado na sexta-feira passada sobre a concorrência em IA generativa, citou o risco de abuso por parte dos fornecedores de chips.
O órgão da França também expressou preocupações em relação à dependência do setor no software de programação de chips CUDA, da Nvidia, o único sistema 100% compatível com as GPUs que se tornaram essenciais para a computação acelerada.
Citou ainda desconforto com os recentes investimentos da Nvidia em provedores de serviços em nuvem focados em IA, como CoreWeave.
A violação das regras antitruste francesas pode levar a multa de até 10% do faturamento anual global da empresa, embora as companhias também possam oferecer concessões para evitar penalidades.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está liderando a investigação sobre a Nvidia enquanto divide a fiscalização das big techs com a Comissão Federal de Comércio, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters.
(Reportagem de Foo Yun Chee)
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