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Nunes sanciona lei que proíbe corridas de cavalo em São Paulo

Grande Prêmio São Paulo de turfe de 2019 - Porfírio Menezes/Jockey Club de São Paulo
Grande Prêmio São Paulo de turfe de 2019 Imagem: Porfírio Menezes/Jockey Club de São Paulo
Bruno Luiz e Bruno Luiz
do UOL

Do UOL, em São Paulo

28/06/2024 22h13Atualizada em 29/06/2024 13h31

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou nesta sexta-feira (28) a lei que proíbe corridas de cavalo na cidade.

O que aconteceu

O texto proíbe as corridas com apostas ou jogos de azar. O projeto de lei (PL) que impede as corridas foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em segunda e definitiva votação na quarta-feira (26).

Segundo os vereadores, o objetivo da sanção é acabar com a exploração de animais em competições. A lei dá até 180 dias, a partir da publicação, para que os estabelecimentos da cidade encerrem atividades do tipo. A sanção será publicada no Diário Oficial do Município de segunda-feira (1º/7).

O PL prevê advertência, multa e até cassação do alvará de funcionamento em caso de descumprimento. A lei deve impactar diretamente na permanência e nas atividades do Jockey Club, cuja transformação em parque municipal foi incluída na nova lei do Plano Diretor, que entrou em vigor no ano passado.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (União Brasil), prometeu ações contra o Jockey. Ele afirmou que vai ao local neste fim de semana com policiais para impedir a realização de corridas de cavalo.

"Proprietários de cavalo, tirem os seus cavalos de lá, porque serão presos", declarou Leite durante sessão legislativa nesta quinta (27). O vereador afirmou também que a prefeitura que tomar posse do terreno. "É bom que o Jockey Club e outros comecem a preparar outro destino, outro endereço, porque aquilo é da prefeitura", disse.

A votação na Câmara foi unânime e não nominal —quando os vereadores favoráveis precisam apenas "permanecer como estão". O projeto de lei teve autoria do vereador Xexéu Tripoli (União Brasil), que chamou a decisão de "um momento histórico para o Brasil".

A diretoria do Jockey Club de São Paulo disse lamentar a aprovação do projeto. "Além de demonstrar total desconhecimento sobre o esporte, a proposta sinaliza para a população um claro interesse em tentar desconstruir a história centenária do Jockey Club de São Paulo, bem como de abrir espaço para absurda tentativa desapropriar o terreno do Hipódromo de Cidade Jardim para possível especulação imobiliária", declarou a entidade, em nota ao Estadão.

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