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Inflação dos EUA desacelera em maio; gastos do consumidor têm leve alta

28/06/2024 09h47

WASHINGTON (Reuters) - Os preços nos Estados Unidos permaneceram inalterados em maio, enquanto os gastos dos consumidores aumentaram moderadamente, uma tendência que pode aproximar o Federal Reserve do início dos cortes da taxa de juros este ano.

A leitura estável do índice de preços PCE no mês passado seguiu-se a um aumento não revisado de 0,3% em abril, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira. Nos 12 meses até maio, o índice aumentou 2,6%, depois de avançar 2,7% em abril.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice PCE permaneceria inalterado no mês e aumentaria 2,6% em relação ao ano anterior.

A inflação está recuando após um pico no primeiro trimestre, já que os aumentos de 525 pontos-base nos juros pelo banco central dos EUA desde 2022 esfriaram a demanda interna. A inflação, entretanto, continua acima da meta de 2% do Fed.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo do PCE subiu 0,1% no mês passado, de alta de 0,3% em abril.

O núcleo da inflação aumentou 2,6% na comparação anual em maio, o menor avanço desde março de 2021, após um aumento de 2,8% em abril. O Fed acompanha as medidas de preços do PCE para a política monetária. Leituras mensais de inflação de 0,2% ao longo do tempo são necessárias para levar a inflação de volta à meta.

O Fed tem mantido sua taxa de juros de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50% desde julho passado. Embora as autoridades tenham adotado recentemente uma perspectiva mais dura, os mercados financeiros esperam que o Fed inicie seu ciclo de afrouxamento em setembro.

Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,2% no mês passado, depois subirem 0,1% em abril, segundo o relatório.

A inflação, os custos mais altos dos empréstimos, a moderação dos ganhos salariais e a diminuição da poupança estão retendo os gastos.

Os gastos dos consumidores desaceleraram acentuadamente no primeiro trimestre, ajudando a restringir a economia a um ritmo de crescimento anualizado de 1,4%, de expansão de 3,4% no quarto trimestre.

As estimativas de crescimento para o segundo trimestre estão, em sua maioria, abaixo de 2%.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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