França: a dois dias do 1° turno, pesquisa mostra que extrema direita cresceu ainda mais
No último dia de campanha antes do primeiro turno das eleições legislativas na França, a imprensa francesa desta sexta-feira (28) destaca o debate entre os candidatos das três principais coligações na noite de quinta-feira (27). Imigração e homofobia estiveram no foco do encontro.
O debate que opôs o primeiro-ministro Gabriel Attal, do partido Renascimento - do presidente Emmanuel Macron -, o líder de extrema direita e presidente do Reunião Nacional (RN), Jordan Bardella, e o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Olivier Faure foi transmitido pelo canal público France 2.
Entre os candidatos, o clima foi "vivo" e "tenso" e as discussões, focalizadas nos projetos da extrema direita e da esquerda - como se o programa do partido de Emmanuel Macron, que aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, já não fosse mais relevante, afirma o jornal Le Monde.
Para o diário, os pontos altos do encontro foram a proposta da extrema direita de excluir pessoas com dupla nacionalidade de empregos públicos sensíveis, que fez os adversários reagirem, e o relato pessoal de Gabriel Attal sobre a homofobia que enfrentou, quando a questão das discriminações foi levantada.
O Les Echos traz uma pesquisa que indica que a extrema direita cresceu ainda mais na última semana. De acordo com o estudo citado pelo jornal, realizado nos dias 26 e 27 de junho pelo instituto Legitrac-OpinionWay, o Reunião Nacional e seus aliados de direita têm 37% das intenções de voto no primeiro turno das eleições.
Macron 'sumiu'
A pesquisa também indica uma "difícil derrota" para o partido de Macron, que ficaria em terceiro lugar, com 20%, depois da união de esquerda, Nova Frente Popular, que teria 28%. Para o jornal, os franceses não entenderam a decisão do presidente dissolver a Assembleia Nacional e querem "se vingar" de Macron.
O Libération destaca a solidão do chefe de Estado francês. Para o jornal, a perspectiva "angustiante" de ver a extrema direita se instalar no poder quase fez esquecer um fato político importante desta curta campanha eleitoral: o sumiço de Macron. De acordo com o diário, ele "virou persona non grata, ou quase, em seu partido", após a dissolução da Assembleia.
Mas Libération questiona, também, se esta não teria sido a gota d'água para os membros de seu governo e partido tomarem distância do presidente - que, na prática, sempre governou sozinho.
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