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Dolar sobe e impulsiona juros, com mercado de olho nos Treasuries e Lula, antes de PCE

São Paulo

28/06/2024 09h44

Os juros futuros operam em alta na esteira da valorização do dólar e dos rendimentos dos Treasuries e com investidores repercutindo novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e críticas ao mercado e à Vale.

O presidente afirmou que pretende discutir uma solução para a dívida de Minas Gerais com a União na semana que vem, caso o Tesouro apresente ao governo uma proposta sobre o tema. Para Lula, o dólar está subindo porque tem especulação com derivativos para valorizar a moeda. Sobre o BC, afirmou "acho que Campos Neto não está fazendo o que deveria fazer corretamente. Vou escolher pessoa à presidência do BC que seja responsável".

Em entrevista ao Valor, Campos Neto, disse que o Comitê de Política Monetária (Copom) está unido para trazer a inflação de volta para a meta, em um cenário em que as expectativas estão desancoradas. "Se tem uma incerteza em relação à meta, a nossa função é falar com o Executivo, mostrar que precisamos fazer o decreto da meta, explicar o decreto da meta, dizer que o governo está comprometido com essa meta no médio prazo. E foi isso que foi feito", disse.

No câmbio, o dólar também já devolveu a queda inicial no mercado à vista, guiada pela valorização de commodities e o recuo externo da divisa americana frente a outros pares emergentes do real e ligados a commodities, como peso chileno, peso mexicano e rand sul africano.

Por outro lado, o índice DXY do dólar ante outras moedas principais passou a exibir viés positivo em meio alta dos rendimentos dos Treasuries, à espera da inflação do PCE dos EUA, que pode mexer com as apostas para a política monetária do Federal reserve (9h30).

O mercado de câmbio está sensível também à disputa técnica em torno da definição da última taxa Ptax de junho, do segundo trimestre e do primeiro semestre em meio a preocupações fiscais internas.

Às 9h27, o dólar à vista subia 0,08%, a R$ 5,5123. O dólar para agosto ganhava 0,06%, a R$ 5,5310.

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