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Chris Bradley, da Batux: 'O São João é o Rock in Rio do Nordeste'

Chris Bradley, CEO da Batux - Divulgação
Chris Bradley, CEO da Batux Imagem: Divulgação
do UOL

Renato Pezzotti

Colaboração para o UOL, em Piracicaba (SP)

28/06/2024 15h59

Segundo levantamento do Ministério do Turismo, as festas juninas devem movimentar mais de R$ 2 bilhões e atrair cerca de 21 milhões de pessoas em cidades por todo o Brasil.

O Parque do Povo, pátio de eventos que recebe as principais atividades em Campina Grande (PB), por exemplo, deve ultrapassar a marca de 3 milhões de pessoas durante o São João deste ano.

Já o São João de Caruaru (PE), outra festa gigante com o tema no Nordeste, espera ter recebido cerca de 4 milhões de turistas, com uma movimentação na economia que deve gerar em torno de R$ 700 milhões.

Com isso, as festas se tornam um grande chamariz para marcas, por meio de patrocínios especiais ou ações de marketing destinadas aos espaços dos eventos, como distribuição de brindes e presentes.

Como acompanhou a reportagem de Splah, do UOL, o São João se tornou fundamental para marcas como Garoto e Maggi, da Nestlé, ou para a Americanas, por exemplo, que esteve pela primeira vez na festa de Caruaru.

Mas como as marcas podem se aproximar do público destes eventos e incrementar sua visibilidade em cada um deles?

A reportagem do UOL Mídia e Marketing conversou com Chris Bradley, CEO da Batux, que trabalha nas festas regionais há mais de 2 décadas e que esteve presente nos grandes eventos de São João. Confira:

O São João é a maior festa regional do país?

Sou pernambucana, então sou bem suspeita para falar. Mas o São João é maior do que o Natal, por exemplo. É maior do que qualquer data para o nordestino. É o momento que se tem um consumo maior de comidas típicas, por exemplo. Quando uma marca investe no São João de uma forma efetiva, ela consegue mudar o ponteiro de vendas. O nordestino ama tanto aquela festa que a marca que a acolhe, que está junto, colhe frutos ao longo do ano todo.

E como é levar os anunciantes para dentro desses eventos?

Para realizar ações de marketing que deem certo, a marca precisa conhecer bastante do mercado e suas peculiaridades. Precisa ter aderência com a festa. Esse ano (2024) é um dos maiores em volume de patrocínio. O São João é o Rock in Rio do Nordeste. Existem marcas que investe quase a verba do ano todo no evento. Fazem isso porque entenderam que dá resultado. Você colhe os frutos e se blinda da concorrência. Quem precisa falar com o Nordeste, tem que estar nessas festas.

Quais são as grandes peculiaridades de eventos como esse e que, às vezes, as marcas pecam na execução?

Para ativar (comercialmente) esse tipo de festa, precisa conhecer. Você precisa, por exemplo, fazer um estande que suporte água, chuva, vento. Estamos falando de 30 dias. Não é simples. Nosso diferencial é entender bem cada festa. Assim, conseguimos direcionar nossos clientes para atuar de forma mais efetiva, com maior visibilidade. Hoje, temos uma área de investimentos regionais. A gente até abriu mão de algumas marcas para dar a atenção correta para quem estávamos levando. Em certos momentos, precisamos até convencer alguns clientes de que certas ações podem não dar certo.

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