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Vaticano se pronuncia sobre estátua da Virgem que 'chora sangue e multiplica pizza'

Estátua da Virgem de Trevignano, perto de Roma; imagem é protegida por vidro, e seus devotos lhe atribuem virtudes milagrosas - AFP
Estátua da Virgem de Trevignano, perto de Roma; imagem é protegida por vidro, e seus devotos lhe atribuem virtudes milagrosas Imagem: AFP

27/06/2024 10h36Atualizada em 28/06/2024 13h15

O Dicastério para a Doutrina da Fé, principal órgão do Vaticano em matéria de teologia, descartou a veracidade de supostos eventos sobrenaturais ligados a uma estátua da Virgem Maria na Itália à qual fiéis atribuem lágrimas de sangue.

A escultura reunia multidões de católicos às margens do Lago Bracciano, em Trevignano, nos arredores de Roma, em encontros organizados no terceiro dia de cada mês.

No entanto, o Dicastério para a Doutrina da Fé, herdeiro da Santa Inquisição, reconheceu nesta quinta-feira (27) a "validade jurídica" de um decreto de 6 de março no qual o bispo de Civita Castellana, Marco Salvi, havia declarado a ausência de "sobrenaturalidade" nos fatos ligados à estátua.

Na ocasião, o religioso pediu que os fiéis não participassem de encontros para venerar a escultura, que pertence à autoproclamada vidente Gisella Cardia. Ela alega que a estátua chora lágrimas de sangue e que a Virgem Maria faz aparições e diz mensagens de esperança. Entre os "milagres" citados por Cardia está a multiplicação de pizza e nhoque em jantares organizados por ela.

virgem - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

A "vidente" já foi condenada pela falência de uma empresa de cerâmica e afirma que comprou a estátua no vilarejo bósnio de Medjugorje, onde católicos também relatam aparições de Nossa Senhora, apesar do ceticismo do Vaticano.

"Que a bem-aventurada Virgem Maria, mãe de Jesus e da Igreja, possa devolver a paz e a serenidade, em vista do bem espiritual dos fiéis da paróquia de Trevignano Romano e de toda a diocese de Civita Castellana", disse o Dicastério para a Doutrina da Fé.

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