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Igreja atingida por tremor na Itália será reaberta após 15 anos

27/06/2024 09h57

L'AQUILA, 27 JUN (ANSA) - Uma igreja danificada pelo terremoto que devastou a cidade de L'Aquila, capital de Abruzzo, na região central da Itália, e matou 309 pessoas em 2009, será reaberta no próximo sábado (29), após 15 anos.   

A iniciativa ocorrerá por ocasião de um evento em que a comunidade religiosa, cultural e popular se unem na igreja de San Paolo di Peltuinum, sítio arqueológico histórico, no município de Prata D'Ansidonia, durante as festas patronais de 29 e 30 de junho.   

A reabertura da igreja foi anunciada pelo prefeito de Prata D'Ansidonia, Paolo Eusani, e pelo padre dom Ciprian Petrisor, que destacaram que a realização do evento religioso foi possível graças ao apoio da Comissão das Festas Patronais. "Finalmente um regresso à normalidade", explica Eusani emocionado.   

A celebração da missa, marcada para o dia 29, às 11h (horário local), será precedida por uma procissão histórica que, partindo da igreja paroquial da vila, dedicada a São Nicolau de Bari, protetor da comunidade da Prata, percorrerá estradas rurais até chegar à igreja localizada perto da área arqueológica de Peltuinum.   

Construída entre os séculos VII e VIII, em estilo românico, a igreja de San Paolo situa-se fora do perímetro urbano da antiga cidade de Peltuinum, construída, muito provavelmente, sobre um antigo e pré-existente templo pagão localizado no Tratturo Magno L'Aquila-Foggia e, portanto, muito popular durante o período da Transumância.   

O edifício, entre outras coisas, foi também lembrado pelo papa Inocêncio III em um documento de 23 de março de 1118. O projeto de restauro foi financiado com cerca de 650 mil euros e teve início em setembro de 2023, após obtenção de todas as autorizações necessárias considerando o valor histórico e artístico da igreja.   

O abalo sísmico afetou a região no dia 6 de abril de 2009, com magnitude 6.3 na escala Richter, e, além dos mortos, deixou 1,6 mil feridos e dezenas de milhares de desabrigados. Até hoje, o município de 70 mil habitantes não foi totalmente reconstruído.   

(ANSA).   

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