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Brasil está longe de descontrole fiscal, mas nenhum país está imune, diz presidente da Febraban

Brasília

27/06/2024 12h42

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, avaliou que o Brasil está "longe" de um descontrole fiscal, mas ponderou que "nenhum país está imune a isso". Sidney elogiou o trabalho feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução da agenda econômica brasileira, porém, ressaltou ser preciso um "esforço conjunto" para o cumprimento dos planos econômicos.

"O Brasil, apesar do contexto mundial adverso, vem colhendo frutos com o trabalho econômico do ministro Fernando Haddad", disse o presidente da Febraban nesta quinta-feira, 27, durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado Conselhão.

Sidney ponderou o cenário externo, citando as eleições nos Estados Unidos e na França, além da incerteza em relação à política americana de juros. "Não temos como enfrentar choques externos, mas algo fundamental: devemos continuar arrumando nossa casa para minimizar os impactos na nossa economia", disse.

O presidente da Febraban avaliou que o Brasil tem condição de enfrentar oscilações bruscas nos ativos, mas que o País precisa perseguir menos inflação, menos juros e menos endividamento.

"Não podemos ter pressa em acertar. Sabemos que para além do cenário externo, respeito o argumento da fragilidade fiscal, Haddad tem reafirmado o compromisso com o arcabouço fiscal e enfrentar necessidade de maior controle das despesas", disse ele. "Estamos distantes de um descontrole fiscal, mas nenhum país está imune."

Apesar da fala otimista, Sidney comentou que há muito trabalho a ser feito no Brasil. Ele afirmou que Haddad está "na direção certa", mas ponderou ser preciso "esforço conjunto" para enfrentar "pecados capitais", como baixo crescimento, juros altos, carga tributária elevada e gastos ineficientes.

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