EUA denuncia aumento de atos antissemitas e antimuçulmanos no mundo
O governo dos Estados Unidos afirmou, nesta quarta-feira (26), estar alarmado pelo aumento dos atos antissemitas e antimuçulmanos após o inicio do conflito na Faixa de Gaza, em seu relatório anual sobre a liberdade religiosa no mundo.
"Desde o terrível atentando terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro e o posterior conflito em Gaza, tanto o antissemitismo como a islamofobia têm aumentado consideravelmente em todo o mundo", declarou o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, ao apresentar o relatório à imprensa.
"Aqui nos Estados Unidos, as denúncias de crimes motivados pelo ódio e outros incidentes contra muçulmanos e judeus têm aumentado drasticamente", disse Blinken.
O caso mais recente aconteceu no último domingo nos arredores de uma sinagoga de Los Angeles, na Califórnia, entre manifestantes. Alguns deles vestiam kufiyas (o lenço branco e preto símbolo da causa palestina) e outros portavam bandeiras israelenses. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar "horrorizado" com o ocorrido.
O presidente democrata prometeu em diversas ocasiões lutar contra o antissemitismo.
O conflito em Gaza é um tema politicamente delicado nos Estados Unidos, chegando a ter provocado manifestações nos campi universitários há alguns meses.
O chefe da diplomacia americana citou também que as leis contra a blasfêmia no Paquistão, que fomentam "um clima de intolerância e ódio", e a situação na Índia, onde os Estados Unidos observam "um preocupante aumento das leis anticonversão, a incitação ao ódio e a demolição de casas e lugares de culto de membros de comunidades religiosas minoritárias".
Na Europa, comentou, nove países têm leis que proíbem certas vestimentas religiosas em espaços públicos, como a França.
Na Hungria, "os funcionários seguem utilizando temas antissemitas e retóricas antimuçulmanas, e penalizam membros de grupos religiosos que criticam o governo" do primeiro-ministro Viktor Orban, disse Blinken.
O Departamento de Estado publica anualmente um informe sobre a situação da liberdade religiosa no mundo, como também faz com os direitos humanos.
Esse relatório produz um inventário mundial baseado em depoimentos, meios de comunicação e organizações locais.
lb/ev/erl/arm/ln/ic
© Agence France-Presse
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