EUA afirma que número de migrantes interceptados em fronteira com o México cai 40%
O número de migrantes interceptados na fronteira entre Estados Unidos e México caiu "mais de 40% desde que há três semanas entrou em vigor um decreto que restringe a entrada, informou um porta-voz da Casa Branca nesta quarta-feira (26).
No início de junho, o presidente democrata Joe Biden assinou uma ordem executiva que autoriza o fechamento da fronteira com o México aos migrantes que solicitam asilo quando houver mais de 2.500 entradas irregulares na média de sete dias. É previsto que seja reaberta quando o número baixar para 1.500.
O decreto inclui exceções como os menores que viajam sozinhos, as vítimas de "uma forma grave de tráfico", os migrantes com um visto e aqueles que chegam a um porto de entrada mediante uma via legal como o aplicativo móvel CBP One.
Além de possibilitar o fechamento da fronteira, o decreto endurece os padrões para avaliar as solicitações de asilo e favorece as deportações aceleradas.
"A média de interceptações em 7 dias da patrulha fronteiriça diminuiu mais de 40% a menos de 2.400" por dia, disse o Departamento de Segurança Interior em um comunicado.
É o nível mais baixo desde 17 de janeiro de 2021, acrescenta.
Ao longo dessas semanas, o DHS expulsou "mais de 24.000 pessoas para mais de 20 países" em mais de 100 voos internacionais de repatriação, informa o comunicado.
A Casa Branca fez esse anúncio no dia anterior do primeiro debate de Biden com seu antecessor e rival republicano, Donald Trump, para as eleições presidenciais de novembro.
A migração será um dos principais temas do debate.
Os republicanos acusam Biden de não fazer o suficiente para frear a chegada de migrantes, enquanto o democrata assegura que ele não faz "politicagem" com o tema migratório e culpa Trump de ter sabotado uma tentativa bipartidária de encontrar uma solução.
Neste dia anterior ao debate, a Casa Branca se mostra especialmente combativa.
Os "republicanos bloquearam duas vezes o acordo bipartidário de segurança fronteiriça mais duro da história moderna dos Estados Unidos, colocando-se ao lado dos traficantes de fentanil, os contrabandistas de pessoas", afirma um porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.
"Donald Trump decidiu que a política era mais importante que a segurança fronteiriça", acrescenta.
Em maio, a patrulha fronteiriça americana interceptou migrantes e solicitantes de asilo 170.723 vezes, em sua maioria latino-americanos, que cruzaram ilegalmente a fronteira com o México, segundo dados oficiais.
No ano até o final de maio, a patrulha fez isso mais de 900.000 vezes e mais de 8 milhões de vezes desde que Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021.
erl/nn/dd
© Agence France-Presse
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