Chefe da ONU diz que Rússia precisa respeitar sanções contra Coreia do Norte
Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Rússia precisa respeitar as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas contra a Coreia do Norte, disse nesta sexta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, depois de ambos os países terem aprofundado nesta semana os laços entre si e concordado em prover assistência militar imediata em caso de uma agressão armada.
O pacto — assinado na quarta-feira pelo presidente russo, Vladimir Putin, e pelo líder norte-coreano, Kim Jong Un — foi fechado após as acusações dos Estados Unidos de que a Coreia do Norte está transferindo armas para a Rússia usar contra a Ucrânia, país que invadiu em 2022. Moscou e Pyongyang negam as acusações.
O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir no dia 28 de junho para debater o tema da Coreia do Norte, disseram diplomatas. A reunião é um pedido de EUA, França, Reino Unido, Coreia do Sul e Japão, que querem discutir a transferência de armas por parte de Pyongyang, algo que viola resoluções do conselho.
A Coreia do Norte sofre sanções da ONU desde 2006, por causa de seu programa de mísseis nucleares e balísticos. Tais medidas foram intensificadas nos últimos anos, com o apoio da Rússia.
“Há sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança em relação à RPDC”, disse Guterres, referindo-se ao nome oficial do país. “Qualquer relação de qualquer país com a RPDC, incluindo a Federação Russa, precisa respeitar tais sanções.”
A missão da Rússia na ONU se negou a comentar as palavras do secretário-geral.
Nos últimos anos, o Conselho tem ficado dividido sobre como tratar Pyongyang. A Rússia e a China afirmam que mais sanções não trarão benefícios, e querem o abrandamento de tais ações. Ambas propuseram a queda de algumas sanções em dezembro de 2019, mas nunca levaram à votação um projeto de resolução.
China e Rússia alegam que os exercícios militares entre Estados Unidos e Coreia do Sul são uma provocação ao Norte. Já Washington acusa Pequim e Moscou de incentivar Pyongyang ao protegê-la de novas sanções.
(Reportagem de Michelle Nichols)
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