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Equipe de Claudia Sheinbaum promete responsabilidade fiscal no México

2.jun.2024 - Claudia Sheinbaum, candidata à presidência do México pelo partido Morena, mostra dedo após votar na Cidade do México - Francisco Cañedo/Xinhua
2.jun.2024 - Claudia Sheinbaum, candidata à presidência do México pelo partido Morena, mostra dedo após votar na Cidade do México Imagem: Francisco Cañedo/Xinhua

04/06/2024 13h37Atualizada em 04/06/2024 13h46

O secretário da Fazenda do México, Rogelio Ramírez de la O, disse nesta terça-feira (4) que a política econômica do governo da presidente eleita, Claudia Sheinbaum, será concentrada na estabilidade macroeconômica e responsabilidade fiscal.

O funcionário, que permanecerá no cargo durante o governo de Sheinbaum, falou aos investidores após a bolsa de valores e o peso mexicano sofrerem fortes quedas na segunda-feira por temores a que o partido no poder dominasse o Congresso, o que permitiria mudanças profundas na Constituição.

"Confirmo às organizações internacionais e aos investidores privados que o nosso projeto é baseado na disciplina financeira, no cumprimento da autonomia do Banco do México (central), na adesão ao Estado de direito e na facilitação do investimento privado nacional e estrangeiro", declarou em um comunicado emitido pela Secretaria da Fazenda.

Acrescentou que o governo atualizará a comunicação com os investidores e agências de classificação de risco para confirmar as prioridades de "estabilidade macroeconômica, responsabilidade fiscal e viabilidade" dos seus objetivos fiscais.

Afirmou ainda que fortalecerá a colaboração com a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) "aproveitando o apoio do Congresso para otimizar o bom uso dos recursos públicos".

Sheinbaum, de 61 anos, venceu com esmagadora maioria de votos as eleições presidenciais mexicanas realizadas no último domingo.

Um dos seus maiores desafios é um déficit fiscal para este ano de 5,9% do PIB, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), e a difícil situação financeira da Pemex.

Espera-se que a sua coligação, composta pelo governante Morena, pelo Partido Verde e o Partido do Trabalho, domine o Congresso bicameral, para que possam modificar a Constituição sem negociar com outras forças políticas.

O novo Congresso mexicano tomará posse em 1º de setembro.

Entre as mudanças que o presidente em final de mandato, Andrés Manuel López Obrador, ainda buscaria, está o chamado "Plano C", que implica uma reforma profunda do Poder Judiciário para que juízes e magistrados sejam eleitos por voto popular.

Diante dessa possibilidade, o peso mexicano caiu 4,3% durante as negociações de segunda-feira, enquanto a Bolsa Mexicana de Valores despencou 6,01%.

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