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Senador norte-americano pede que Biden inclua proteções em possível acordo nuclear com a Arábia Saudita

01/05/2024 16h09

Por Timothy Gardner e Jonathan Landay

WASHINGTON (Reuters) - Um senador democrata dos EUA pediu nesta quarta-feira que o presidente Joe Biden inclua proteções rígidas de não proliferação em qualquer acordo de energia nuclear que seja fechado com a Arábia Saudita, que pode fazer parte de um possível acordo de normalização de relações mediado por Washington entre o reino e Israel. 

O governo Biden tem conversado com Arábia Saudita e Israel por um possível acordo de paz desde antes dos ataques letais do Hamas contra Israel em 7 de outubro e as negociações continuaram durante a guerra israelense contra o grupo militante em Gaza. 

Um acordo para ajudar a desenvolver energia nuclear na Arábia Saudita pode beneficiar a indústria nuclear norte-americana, que forneceria a tecnologia.

O senador Edward Markey, defensor de longa data de proteções de não proliferação, disse em uma carta ao colega democrata Biden que não se pode confiar que a Arábia Saudita, “uma nação com um terrível histórico de direitos humanos”, utilizará seu programa nuclear somente com propósitos pacíficos e que buscará desenvolver armas nucleares. 

Markey e outros democratas são críticos do país e de seu governante de fato, o príncipe Mohammed bin Salman, por direitos humanos, sua intervenção na guerra civil do Iêmen e o assassinato do colunista do Washington Post, Jamal Khashoggi, que as agências de espionagem dos EUA avaliaram ter sido ordenado pelo príncipe. 

O príncipe diz há anos que o reino desenvolverá armas nucleares se o rival regional Irã o fizer. 

“Peço que seu governo garanta que o caminho para a paz no Oriente Médio responsabilize a Arábia Saudita pelo seu terríveis práticas de direitos humanos e restrinja sua capacidade de se tornar uma potência nuclear”, afirmou Markey, em uma carta a Biden e outras autoridades. 

A embaixada saudita em Washington não respondeu ao pedido por comentários em um primeiro momento, nem o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

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