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Dólar volta a subir após 3 quedas e vai a R$ 5,148; Bolsa cai pelo 2º dia

No mês, a moeda americana acumula alta de 2,64%; já o principal índice da B3 tem queda de 2,63% Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/04/2024 17h23

O dólar subiu 0,34% e fechou o dia vendido a R$ 5,148, interrompendo uma sequência de três sessões seguidas de queda. No mês, a moeda americana agora acumula alta de 2,64% sobre o real.

Já o Ibovespa caiu 0,33% e chegou aos 124.740,69 pontos, no segundo pregão consecutivo de perdas. O principal índice da B3 recuou 2,63% em abril.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Segue a expectativa por mais dados econômicos dos EUA. O mercado espera pelos números do PIB (Produto Interno Bruto) americano do 1º trimestre, que saem na quinta (25), e a inflação medida pelo PCE, que será divulgada na sexta (26). Dados publicados nas últimas semanas fizeram investidores adiar para setembro as apostas de um corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA).

Mercado está revendo projeções para os juros americanos. No início do ano, operadores chegavam a apostar em queda de até 1,5 ponto percentual ao longo de 2024. Hoje, a maior parte precifica apenas dois cortes de 0,25 ponto. "Agora é realmente aguardar os próximos dados e ver o que sinalizam sobre essa questão", disse à Reuters Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

Perspectivas para os juros no Brasil continuam no radar. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, alertou que o aumento das incertezas poderia levar a uma desaceleração do ritmo de afrouxamento monetário. Isso fez com que analistas revisassem suas projeções, agora prevendo Selic em 9,5% ao ano ao final de 2024 e em 9% em 2025, segundo o último Boletim Focus.

O dólar subiu hoje (...) em meio à expectativa de juros altos por mais tempo nos EUA, o que aumenta a atratividade da renda fixa americana e o prêmio de risco especialmente nas Bolsas de países emergentes. Na minha visão, uma expectativa de deterioração do cenário fiscal brasileiro, com a mudança da meta fiscal divulgada na semana passada, também tem influenciado esse fluxo.
Jaqueline Kist, sócia da Matriz Capital, ao UOL

(Com Reuters)

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