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Relator minimiza oposição e vê Dino aprovado com mais de 50 votos no Senado

O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal - TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal Imagem: TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Do UOL, em Brasília

28/11/2023 19h02Atualizada em 28/11/2023 19h30

O relator da indicação do ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) ao STF, senador Weverton (PDT-MA), afirmou que apresentará um parecer favorável à nomeação à Corte e fará campanha para angariar votos para Dino no Senado.

O que aconteceu

Weverton minimizou a oposição, disse que espera aprovação de ao menos 50 votos. Questionado por jornalistas no Senado, afirmou disse que almoçou mais cedo com Dino, ocasião em que firmou apoio ao ministro da Justiça, que foi eleito senador.

Segundo o relator, Dino já começou a procurar os colegas — iniciando pela base do governo e, depois, falará com parlamentares da oposição. Hoje à noite, ele participa de um jantar promovido pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) com lideranças do governo.

"Geralmente o relator aguarda a sabatina para fazer sua declaração de voto, mas em um caso como esse, que está tendo muita especulação e também muito disse que disse, é importante você sair de forma tranquila. Tenho convicção formada de já falar para toda a sociedade que irei apresentar um relatório falando dessa sua vida vitoriosa", disse

Você acha que não teríamos 41 colegas senadores e senadoras para aprovar um colega seu e mandar para o Supremo? Eu acredito que nós temos. E vamos ter mais de 50.

Eu sempre costumo dizer que toda a construção é feita de baixo para cima. Você mapeia os seus, você primeiro conversa com os seus. Aí você vai avançando território
Weverton (PDT-MA)

Oposição é desafio

A indicação de Dino ao Supremo Tribunal Federal repercutiu negativamente entre os parlamentares de oposição. Como mostrou o UOL, eles acusam Lula de "politizar" o STF.

Na sabatina, Dino terá que responder a perguntas polêmicas. Senadores ouvidos pelo UOL afirmam que as estratégias ainda serão discutidas, mas entre os temas estão: a trajetória política dele na esquerda, a atuação à frente da pasta nos ataques golpistas de 8 de janeiro e no combate a violência e a ida da mulher de um líder de facção criminosa ao ministério.

Adversários do governo afirmam que já têm um "dossiê do Dino" praticamente pronto. Mas a habilidade política do ministro é citada como um fator de "alívio" pelos governistas.

Aliados do Palácio do Planalto estão cientes de que a escolha deve ser usada por bolsonaristas como uma tentativa de desgastar o governo.

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