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Lula fala com Maduro sobre eleições na Venezuela e dívida com o Brasil

Lula cumprimenta o presidente da Venezuela Nicolás Maduro - Ricardo Stuckert
Lula cumprimenta o presidente da Venezuela Nicolás Maduro Imagem: Ricardo Stuckert
do UOL

Tiago Minervino

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/10/2023 16h43

O presidente Lula (PT) conversou na manhã desta segunda-feira (16) com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e abordou assuntos que vão desde as eleições venezuelanas, a dívida do país com o Brasil e o fim das sanções impostas pelos Estados Unidos a Caracas.

O que aconteceu:

Lula e Maduro falaram por cerca de 30 minutos, segundo o Palácio do Planalto. Os dois presidentes abordaram as eleições previstas para acontecer na Venezuela em 2024, e o petista solicitou informações acerca do processo de negociação entre o governo de Maduro e a oposição para a realização do pleito.

Conforme o Planalto, Lula também requisitou a Maduro informações referentes às tratativas entre Caracas e Washington com vistas ao levantamento das sanções norte-americanas à Venezuela, que "atingem a economia e a população civil do país" — segundo a agência de noticias Reuters, os Estados Unidos devem aliviar os embargos impostos à Venezuela em troca de "eleições livres".

Lula tem acompanhado os preparativos para o pleito venezuelano. Em julho, o petista endossou o coro de vários países por eleições justas para eleger o próximo líder venezuelano. No mês passado, a Venezuela liberou oito militares que estavam presos acusados de tentar sabotar as eleições no país em 2018 e de atentarem contra a segurança de Nicolás Maduro.

Maduro e Lula falaram ainda sobre acelerar a negociação de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, que "representa uma alternativa inovadora aos tradicionais acordos bilaterais de investimentos", segundo o governo brasileiro.

Por fim, Lula e Maduro trataram de propostas para a retomada do pagamento da dívida bilateral da Venezuela com o Brasil, que chega a US$ 1,12 bilhão (R$ 5,69 bilhões na atual cotação do dólar).

Recentemente, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, minimizou o débito venezuelano com o Brasil, e afirmou não haver motivos para "nhenhenhém".

Para Mercadante, o "relevante" nesse momento é "olhar para a frente, de como é que nós vamos construir o crescimento das exportações e o desenvolvimento do Brasil". Anteriormente, o presidente do BNDES disse que Caracas não tem condições de pagar em divisas o passivo com o govero brasileiro e a tendência seria a quitação do valor em energia elétrica e petróleo.

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