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Assessora de Anielle critica 'torcida branca' do São Paulo no Morumbi

do UOL

Do UOL, em São Paulo

26/09/2023 08h25Atualizada em 26/09/2023 09h04

Uma assessora da ministra Anielle Franco criticou torcedores do São Paulo durante a final contra o Flamengo pela Copa do Brasil.

O que aconteceu:

A assessora especial Marcelle Decothé reclamou da "torcida branca" do São Paulo no Instagram. Ela estava no Morumbi no domingo (24) para acompanhar a ministra Anielle (Igualdade Racial) na assinatura de um protocolo do governo federal contra o racismo no esporte.

Print assessora Anielle Franco - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Imagem: Reprodução/Redes sociais

Marcelle é torcedora do Flamengo. Ela postou uma foto na arquibancada do Morumbi e escreveu: "Torcida que não canta, descendente de europeu safade... Pior tudo de pauliste (sic)".

Em outro stories, Marcelle faz um gesto obsceno no meio da torcida do São Paulo. Depois, ela segura uma camisa do Flamengo e critica a diretoria: "Independente da diretoria fascista, dos pau no koo (sic) que acha que merece vestir a camisa desse clube, pra sempre Flamengo".

Print de assessores de Anielle Franco ironizam torcedores do SP - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Imagem: Reprodução/Redes sociais

A mesma foto de Marcelle com uma camisa do Flamengo foi publicada pela assessora Luna Costa: "Marcelle brincando com o perigo abrindo a camisa do Flamengo no meio da torcida do São Paulo".

Em outra publicação, Marcelle ironiza o fato de suas colegas vestirem camisas do Brasil. "30 segundos de diálogo com a CBF, já viraram patriotas".

Print de assessoras de Anielle Franco - Reprodução/Redes sociais - Reprodução/Redes sociais
Imagem: Reprodução/Redes sociais

Funcionários do Ministério da Igualdade Racial já tinham alertado o alto escalão da pasta a respeito da necessidade de manter a formalidade em agendas oficiais. A apuração é do Estadão.

Em nota, o Ministério da Igualdade afirmou que a conduta das servidoras será investigada internamente.

O Ministério da Igualdade Racial declara que recebeu a informação a respeito da postagem das servidoras em perfil privado de rede social e que, ainda que as postagens tenham sido feitas em momento de descontração, fora dos ritos institucionais e de tom informal, o caso será submetido às instâncias internas de investigação para apuração da conduta das servidoras.
Posicionamento do Ministério da Igualdade Racial

Ministra é criticada por usar avião da FAB

A ministra Anielle e suas assessoras usaram um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para ir à final da Copa do Brasil para um ato do governo. Durante o jogo, houve a divulgação do Disque 100 para violações de Direitos Humanos no telão do Morumbi.

Anielle respondeu as críticas e disse que foi ao Morumbi para combater o racismo. "É inacreditável que uma ministra seja questionada por ir fazer o seu trabalho de combate ao racismo e cumprir o seu dever".

Também estiveram presentes na ação o ministro Silvio Almeida, de Direitos Humanos e da Cidadania, e André Fufuca, do Esporte, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.

Parlamentares da oposição e bolsonaristas acusaram Anielle de usar um avião da FAB para assistir a final da Copa do Brasil. "É só coincidência ela ter ido justo no dia da final sendo ela flamenguista, gente. Ela não pôde ir em momento algum antes disso", afirmou o líder da oposição na Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Jordy (PL).

O uso de avião da FAB é regulamentado por um decreto presidencial e prevê uma ordem de prioridade: primeiro, em casos de emergências médicas; segundo, quando há razões de segurança; por fim, viagens a serviço. As regras em vigor não permitem solicitar o jato para passar o final de semana em casa.

Em nota, o Ministério da Igualdade Racial informou que "a final da Copa do Brasil foi escolhida para a realização da ação de divulgação pelo alto número de pessoas presentes no estádio e pela grande audiência, típica de uma final de campeonato, independente de quais clubes a disputassem".

Disse ainda que "o voo da FAB foi utilizado para uma missão institucional, como é praxe em deslocamentos para ações ministeriais e de governo e como uma medida de economia de gastos públicos para locomover as equipes".

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