Destroços achados são de submersível desaparecido, diz especialista à BBC
Os destroços encontrados pela Guarda Costeira dos Estados Unidos pertencem ao submersível desaparecido, de acordo com informações publicadas pela BBC. Horas depois, a informação foi confirmada pela OceanGate, responsável pelo submersível. Todos os ocupantes morreram
O que aconteceu?
Destroços seriam estrutura de atracação e cobertura traseira do submersível, segundo o especialista em mergulho David Mearns. Ele é amigo de dois dos passageiros do Titan, e contou à BBC que recebeu a informação do presidente do Clube dos Exploradores, organização de mergulho e resgate.
Destroços foram encontrados nas proximidades dos restos do Titanic. Uma equipe médica foi enviada ao local com uma câmara hiperbárica, que ajudaria a fornecer oxigênio a possíveis sobreviventes.
Submersível Titan desapareceu no início da semana durante uma expedição para conhecer o navio. A bordo, estavam um piloto e quatro passageiros, entre eles, o bilionário britânico Hamish Harding.
Ocupantes de submersível morreram
Em comunicado oficial, a OceanGate, responsável pelo submersível, admitiu que os cinco ocupantes da embarcação morreram. A admissão foi feita minutos antes de uma entrevista coletiva da marinha norte-americana, logo após os familiares dos ocupantes serem comunicados.
O contra-almirante Paulo Hanken afirmou que não há esperança de encontrar passageiros com vida. As famílias das vítimas já foram informadas sobre os óbitos.
Destroços são consistentes com perda catastrófica de pressão da cabine, explicou o almirante John Mauger, da Guarda Costeira dos Estados Unidos.
A Guarda Costeira explicou que encontrou cinco grandes partes do submersível. "Nos disseram que esses eram os destroços do Titan [o submersível]. "Primeiro, encontramos a ponteira sem o casco pressurizado. Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico." Mais cedo, foram achados destroços do submersível a 3,2 km de profundidade e a cerca de 480 metros do Titanic.
Os oficiais esclareceram o mapeamento de destroços continuará. "Faremos o nosso melhor para descobrir o que aconteceu". Veículos de operação remota continuarão operando no fundo do mar.
Os ruídos detectados por dois dias seguidos "não parecem ter relação com os destroços localizados no solo oceânico", afirmou a Guarda Costeira dos EUA.