Comissão do Congresso dos EUA sobre a China faz alerta sobre ameaça 'existencial'
Uma nova comissão do Congresso dos Estados Unidos dedicada à rivalidade com a China organizou na terça-feira (28) sua primeira audiência pública, ofuscada por protestos, enquanto alguns legisladores destacaram a ameaça "existencial" que, segundo eles, o Partido Comunista Chinês representa.
A comissão da Câmara de Representantes "sobre a concorrência estratégica entre Estados Unidos e o Partido Comunista Chinês", integrada por democratas e republicanos, se considera um baluarte contra a influência do país asiático.
"Não é uma partida agradável de tênis", advertiu no início da audiência o presidente da comissão, o republicano Mike Gallagher.
"Trata-se de uma luta existencial sobre como será a vida no século XXI", declarou.
A audiência aconteceu após alguns incidentes recentes entre as duas maiores potências econômicas do planeta, que abalaram as relações bilaterais.
A tensão aumentou depois que um balão chinês sobrevoou o território americano e foi derrubado por um caça, assim como após as recentes especulações de que Pequim considera a possibilidade de fornecer armas para a Rússia na guerra contra a Ucrânia.
A audiência foi interrompida por alguns minutos por uma manifestante que usava uma camisa com a frase "China não é nosso inimigo". Enquanto ela era expulsa, outra manifestante gritou: "Esta comissão é sobre força, não é sobre a paz".
Para H.R. McMaster, que foi conselheiro de Segurança Nacional do ex-presidente Donald Trump, a interrupção ilustra a necessidade que o Congresso americano tem de revelar "a verdadeira natureza da agressão" liderada pelo Partido Comunista Chinês.
Pequim foi o centro de várias reuniões na terça-feira no Capitólio em Washington, que abordaram sua importância nos debates de política externa.
A comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes debateu um projeto de lei apresentado pelos republicanos que daria ao presidente Joe Biden o poder de vetar por completo no território americano o aplicativo TikTok, do grupo chinês ByteDance.
Outra comissão, dedicada a temas científicos, questionou o impacto da concorrência chinesa na área de pesquisas e desenvolvimento nos Estados Unidos.
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