MPF apura se há relação entre ataques a torres de energia e atos golpistas
A equipe será chefiada pelo promotor Carlos Frederico Santos, do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. Segundo o Ministério Público Federal, a apuração tem o objetivo de auxiliar o STF na investigação sobre o ato golpista em Brasília, em 8 de janeiro.
Essa é a primeira vez que o MPF cita a possível correlação de ataques a torres de transmissão de energia elétrica à invasãobolsonarista que depredou as sedes dos Três Poderes.
Sete ataques foram registrados nos estados de São Paulo, Paraná e Rondônia, de 8 a 16 de janeiro. Quatro torres foram derrubadas e outras oito ficaram danificadas.
Na noite de terça-feira (17), Carlos Frederico Santos enviou ofício ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Neto, no qual solicita informações e eventuais elementos de prova sobre os ataques. A Agência Nacional de Energia Elétrica já citou indícios de "vandalismo" e "sabotagem".
O coordenador também enviou ofício aos procuradores-gerais de Justiça nos estados e no Distrito Federal e aos procuradores-chefes de todas as unidades do MPF. Solicita informações, manifestações e eventuais elementos de prova relacionados aos fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.
O MPF do Paraná já abriu inquérito policial para apurar a derrubada de uma torre de transmissão no estado. Já em Rondônia, o MPF pediu informações das ocorrências nos municípios de Rolim de Moura, Itapuã do Oeste e Vilhena.