Onde Lula vai morar? Como é o palácio principal do presidente por dentro

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve se mudar para o Palácio da Alvorada no dia 1º de janeiro, depois da posse. Após receber o espaço de Jair Bolsonaro (PL), pretende fazer reformas coordenadas pela futura primeira-dama Janja.

• Nesse tempo, disse que pode morar na Granja do Torto ou até em suíte de hotel na capital federal.
• Lula conhece bem o lugar, morou no Alvorada nos oito anos que esteve no governo.
• A previsão é de que vire a pessoa que ocupou o local por mais tempo.

Como é o Palácio da Alvorada?

• O Palácio da Alvorada é residência oficial do presidente da República.
• Foi o primeiro prédio de alvenaria a ser construído na nova capital, em 1957, e forrado de mármore.
• Dezesseis chefes da nação brasileira já moram ali.
• Fica em uma península às margens do Lago Paranoá.
• É uma das obras mais importantes de Brasília e do arquiteto Oscar Niemeyer e chama a atenção por suas leves colunas sinuosas e por seus traços horizontais, que lembram redes na varanda.
• Em novembro de 2018, antes de Bolsonaro chegar, foi reformado para que o interior voltasse ao projeto original de Niemeyer.

Parte externa

• O paisagismo é de Yoichi Aikawa, autor Palácio Imperial do Japão.
• Os jardins recebem pássaros nativos do cerrado em araucárias, paus-brasil, sibipirunas e muitas outras espécies da flora brasileira.
• A Lagoa do Palácio é um ecossistema perfeito, com peixes, aves e a vegetação coexistindo de maneira equilibrada.
• Emas dão as boas-vindas e são uma atração. Mas não é só isso: elas contribuem ecologicamente para a segurança das pessoas, controlando animais peçonhentos.

• Um espelho d'água de 60 centímetros de profundidade foi pensado para refletir a fachada do Palácio e suas esculturas em bronze, 'As Iaras', do escultor plástico brasileiro Alfredo Ceschiatti.
• Na parte leste, há ampla piscina e uma pérgola com bar e churrasqueira.
• A escultura em bronze 'Rito dos Rítmos', de Maria Martins, completa o cenário.

Hall de entrada

• Ao entrar, os visitantes veem um imenso hall de entrada, com pé-direito altíssimo e carpete vermelho.
• Uma parede dourada expõe o discurso de lançamento da pedra fundamental da nova capital da República e o espírito dos pioneiros construtores das obras, liderados por Juscelino Kubitschek:

Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável em seu grande destino.

Sala de espera e capela

• Projeto de Athos Bulcão, tem porta de entrada em alumínio anodizado, linhas curvas e paredes revestidas de lambril de jacarandá folheado a ouro
• A capela ao lado do Palácio é dedicada à Nossa Senhora da Conceição e à fé do povo brasileiro.
• Possui atmosfera leve e sagrada, com símbolos do cristianismo cravados no teto.
• Os móveis originais são assinados por Anna Maria Niemeyer.
• É decorada com obras de arte que só podem ser vistas pelos visitantes do chefe de Estado.
• Entre elas, a tapeçaria 'Manhã de Cores', de Concessa Colaço.

Salão de Estado

• É onde são recebidos chefes de Estado e demais autoridades para decisões importantes.
• Possui obras de arte que retratam as características do Brasil, como a tapeçaria 'Flora e Fauna da Bahia', de de Kennedy Bahia, e os quadros 'Colhendo Café', 'Cena II' e 'Fachada em Oval', de Djanira da Motta, Maria Leotina e Alfredo Volpi, respectivamente.
• Os móveis são contemporâneos e cercados de imagens sacras.

Salão Nobre

• É um dos ambientes mais importantes do Alvorada, reservado para que o presidente da República receba ministros, chefes de estado e demais convidados para definir os assuntos mais estratégicos.
• Em estilo contemporâneo, com móveis de Mies van der Rohe, esculturas de Victor Brecheret, peças sacras em madeira, poltronas marquesas e telas de Ademir Martins.
• As obras são de valor artístico inestimável: duas telas de Cândido Portinari: 'Jangadas do Nordeste' e 'Os Seringueiros'.

Biblioteca

• Aqui, presidentes do Brasil têm momentos de leitura e reflexão, enquanto podem observar a tapeçaria 'Músicos', de Di Cavalcanti.
• São mais de 3.400 exemplares, alguns de autoria de grandes escritores do Brasil e do mundo.
• Títulos de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Celso Cunha e Antônio Houaiss ajudaram a preencher as estantes com filosofia, literatura, arte e história.

Mezanino

• É uma grande área de circulação entre o hall de entrada, a biblioteca e o salão nobre.
• Conta com esculturas, como as 'Outono' e 'Inverno', de Alfredo Cheschiatti, os bancos Marquesa, de Oscar Niemeyer, e três urnas funerárias, peças raras criadas por indígenas marajoaras.
• Na parede, a tapeçaria 'Múmias', de Di Cavalcanti.

Sala de Almoço

• Aqui as refeições são servidas na mesa de doze cadeiras inglesas em estilo Chippendale.
• São mais duas mesas brasileiras do século 18.
• A sala é decorada com dois anjos do barroco mineiro e porcelanas da Companhia das Índias.
• As telas são de Cornellis dee Heem e Jan van Huysum.

Salão de Banquetes

• Usado para as grandes recepções oficiais, pode receber até 50 pessoas.
• A mesa pode ser montada de diferentes formas.
• A decoração, de autoria de Anna Maria Niemeyer, conta com a escultura 'Edificação', de André Bloc, uma cômoda em cedro do século 19, arcas do início do século 20 e tapeçarias de Concessa Colaço.
• A prataria é original do Palácio do Catete (antiga sede do governo, no Rio).

Sala de Música

• Ali está um piano meia cauda alemão que já foi tocado por Vinícius de Moraes e Tom Jobim.
• As imagens centenárias de São João Evangelista e São Joaquim decoram o amplo cômodo.

Subsolo

• Abriga a área de lazer, com sala de cinema, salão de Jogos e auditório para 30 pessoas.
• E também almoxarifado, despensa, cozinha, lavanderia e administração do Palácio.
• É onde o ocupante do cargo de presidente, sua família e seus convidados se reúnem para se divertir.

Primeiro andar

• É o onde fica a parte residencial do Palácio, com quatro suítes e salas íntimas.

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