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Chile deixa crise para trás e cresce mais que o previsto no 2º trimestre

19/08/2021 05h15

Santiago (Chile), 18 ago (EFE).- O Chile deixou para trás os piores momentos da pandemia de covid-19, com uma economia que cresceu mais que o previsto no segundo trimestre do ano, uma alta de 1% em relação aos três meses anteriores e de 18,1% em relação ao ano passado, o maior salto já contabilizado desde que há registros, informou o banco central do país nesta quarta-feira.

"Conforme a economia vai se abrindo e os confinamentos terminando, a economia reage muito rápido, e isso mostra a resiliência do nosso país em todos os setores econômicos. Os motores da economia estão a todo o vapor", disse o ministro da Economia, Lucas Palacios.

O número do segundo trimestre está longe do 0,5% de variação registrado nos primeiros três meses do ano e pode ser explicado principalmente "pela baixa base de comparação do ano de 2020, período que registrou o maior impacto associado à emergência sanitária".

A economia chilena se contraiu em 14,1% no segundo trimestre de 2020, quando o país estava totalmente confinado e a maioria das atividades económicas estava paralisada.

Os dados divulgados nesta quarta-feira também foram influenciados pelo forte desempenho da atividade comercial e da mineração, disse o banco central, que tem feito registros trimestrais do produto interno bruto (PIB) desde 1987.

A mineração, que não parou apesar dos confinamentos e representa cerca de 10% do PIB, "se acelerou em relação ao trimestre anterior e cresceu 2,8% em relação ao ano passado", de acordo com a instituição financeira.

Com 28% da produção mundial, o Chile é o maior exportador mundial de cobre, um metal fundamental na transmissão de energia e que em 10 de maio alcançou sua máxima histórica ao ser cotado a US$ 4,86 a libra, superando os registros do "superciclo" de 2011.

"Além disso, medidas económicas de apoio a famílias e empresas, saques parciais dos fundos de pensões e uma maior adaptação da economia às restrições sanitárias tiveram um impacto", acrescentou.

O déficit comercial, entretanto, foi de US$ 2,638 bilhões devido a uma redução de 3% nas exportações e um aumento de 39,6% nas importações.

PANDEMIA SOB CONTROLE.

Com 1,6 milhão de casos de covid-19 e 36.456 mortes desde o início da pandemia, a situação epidemiológica está sob controle no Chile, que viveu uma forte segunda onda entre abril e junho e teve de confinar a maior parte da população.

A partir de julho, as quarentenas foram suspensas e restaurantes, bares, academias e lojas não essenciais abriram as portas, mas as fronteiras continuam fechadas para os turistas.

A redução da pandemia se deve em grande parte ao êxito do processo de vacinação do país, onde mais de 80% da população-alvo está totalmente vacinada.

A economia chilena se contraiu em 5,8% em 2020 - a pior queda em quatro décadas - e quase 2 milhões de empregos foram perdidos devido à pandemia, mas o banco central projeta um crescimento do PIB entre 8,5% e 9,5% para este ano.

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