EUA afirmam que América Latina terá prioridade na doação de vacinas
Os Estados Unidos garantiram ontem que a América Latina, como uma das regiões mais atingidas pela covid-19, será prioridade em relação às doações de vacinas anunciadas pelo país.
"A América Latina é uma das regiões mais afetadas, senão a mais afetada do mundo, e será o centro das atenções em nossos esforços para combater a pandemia", disse Juan González, principal assessor do presidente americano, Joe Biden, para a região.
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González fez parte, nesta semana, da delegação americana que assistiu à posse do presidente do Equador, Guillermo Lasso. Ele afirmou que, nas conversas com o mandatário, foi reforçado o compromisso anunciado pelos EUA de doar 80 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para todo o mundo.
Lasso tem como grande prioridade vacinar 9 milhões de pessoas nos primeiros 100 dias de governo, e Biden afirmou que seu país manifestou um "interesse genuíno" em apoiar o Equador e a região em superar a pandemia.
Questionado sobre a possibilidade de os EUA apoiarem esse esforço com doações de vacinas, González preferiu não antecipar possíveis remessas específicas e lembrou que Washington deseja trabalhar em conjunto com a iniciativa global Covax e cumprir as normas internacionais, embora também faça algumas entregas de forma bilateral.
Conforme ele disse, os países com alto número de casos ou grandes surtos importantes serão analisados.
Além disso, Juan González destacou que os Estados Unidos querem pensar em futuras pandemias, expandindo a capacidade de fabricação de medicamentos em todo o mundo e garantindo que o continente americano também tenha capacidade de produção.
Questionado sobre a situação na Venezuela, González, que é diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional dos EUA para o Hemisfério Ocidental reiterou que o governo Biden está comprometido com uma solução negociada para alcançar eleições livres e justas.
Nesse sentido, ele destacou que o governo americano continua reconhecendo Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e que vai trabalhar junto com a comunidade internacional para pressionar o governo de Nicolás Maduro a tomar medidas para essas eleições.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, que chefiou a delegação de seu país ao Equador, lembrou que durante a visita ela se reuniu com organizações humanitárias para discutir o impacto da crise sobre os refugiados e migrantes venezuelanos e como responder a esta demanda.