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EUA criticam decisão do TPI de investigar crimes na Palestina

04/03/2021 09h41

SÃO PAULO, 4 MAR (ANSA) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, criticou a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de abrir uma investigação formal sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Palestina desde junho de 2014.   

"Os Estados Unidos se opõem firmemente à investigação do TPI sobre a situação palestina. Continuaremos a defender nosso forte compromisso com Israel e sua segurança, inclusive opondo-nos a ações que miram Israel de maneira injusta", escreveu em sua conta oficial no Twitter horas após a decisão do TPI desta quarta-feira (3).   

Através de uma nota oficial, Blinken reforçou a posição dizendo que o país está "desapontado" com a medida e que o tribunal "não tem jurisdição sobre essa matéria" porque Israel "não faz parte do TPI e não deu seu consentimento para a jurisdição da Corte".   

O secretário de Joe Biden ainda ressaltou que os palestinos "não se qualificam como um estado soberano", mas que os EUA "permanecem profundamente comprometidos para garantir a justiça e a responsabilização por crimes internacionais atrozes".   

"Os Estados Unidos acreditam que um pacífico, seguro e mais próspero futuro para as pessoas do Oriente Médio depende da construção de pontes e da criação de novas vias para o diálogo e a troca, não ações judiciais unilaterais que exacerbam tensões e cortam esforços para avançar nas negociações da solução de dois Estados", afirma ainda Blinken.   

Nesta quarta-feira, a procuradora-geral do Tribunal, Fatou Bensouda, anunciou a ação formal para investigar crimes cometidos por parte das forças de Israel, das autoridades de Tel Aviv, do grupo palestino Hamas e por facções armadas palestinas durante o conflito iniciado em 13 de junho de 2014 na Faixa de Gaza.   

Segundo Bensouda, há "uma base razoável" para verificar os possíveis crimes e ressaltou que a investigação será "independente, imparcial e objetiva".   

O anúncio foi criticado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mas foi celebrado pela Autoridade Nacional Palestina (ANP). (ANSA).   

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