Magazine Luiza e FedEX estão interessadas nos Correios, diz ministro
O ministro das Comunicações Fábio Faria afirmou em uma live que o governo quer, em breve, privatizar os Correios e que gigantes do varejo, como o Magazine Luiza, já demonstraram interesse na aquisição da estatal.
"Não teremos um processo de privatização vazio. Já temos cinco players interessados, entre eles Magalu, DHL e FedEx", adiantou o ministro, ressaltando que os Correios é uma empresa saudável. Ele também citou a Amazon.
Procurado pelo UOL, o Magazine Luiza não quis comentar as declarações do ministro. A Amazon informou que "não comenta rumores ou especulações". A DHL disse que também não comenta especulações de mercado, mas acrescentou que "no momento, não temos planos para atingir o crescimento de nosso negócio postal por meio de privatizações e de outros serviços postais estrangeiros". A FedEx afirmou que monitora "continuamente o mercado por oportunidades para expandir nossos negócios no Brasil e em outras regiões, mas, por política da empresa, não comentamos especulações referentes à nossa estratégia de negócio".
Questionado sobre as diretrizes e a composição acionária de um Correios privatizado, Faria disse que as questões serão discutidas mais tarde. "Vai ser decidido no Congresso. Por exemplo: quem comprar [a estatal] vai precisar continuar entregando em Macapá, Santarém... Vai ter essa obrigação?".
Crítica aos Correios
O ministro também criticou a greve dos Correios e afirmou que, sendo um serviço "universal e essencial", a estatal não deveria parar. "Se a empresa fosse privada, não tinha esse problema. Não é com greve que você consegue aumento". Os funcionários dos Correios paralisaram as atividades em protesto contra a privatização da estatal e pela manutenção de benefícios trabalhistas.
"Nós iremos privatizar os Correios, está na 'ordem do dia'. Eu vou conversar pessoalmente com os parlamentares e líderes do Congresso", afirmou Faria. "Estamos vivendo num momento em que todos precisam dar o seu melhor, não pode paralisar um serviço que entrega em todo lugar, inclusive equipamentos de higienização que ajudam no combate à covid-19".
Sobre os atuais funcionários dos Correios, o ministro afirmou: "Quem for bom, vai continuar".