Pastor sul-coreano volta à prisão por promover propagação da Covid-19
Em fevereiro, Jun já havia sido preso por suposta violação da lei eleitoral e posteriormente libertado sob fiança e na condição de não mais participar de manifestações relacionadas ao seu caso, enquanto aguardava uma resolução judicial.
O MP apresentou novas acusações contra ele e novamente pediu sua prisão provisória por violar as condições de sua libertação, por ter participado de manifestações organizadas em Seul, em meados do mês passado, relacionadas ao aumento das infecções pelo novo coronavírus na região da capital.
Hoje, um tribunal de Seul ordenou a reclusão de Jun no Centro de Detenção de Seul, para onde o polêmico pastor de 64 anos já foi transferido, de acordo informações da agência de notícias local "Yonhap".
"Se uma pessoa é detida por uma simples palavra do presidente, isso não pode ser considerado um país. A República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul) tornou-se um estado totalitário", disse Jun a jornalistas, antes de entrar na prisão.
Muito crítico do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, a quem considera um "espião norte-coreano" amigo da China, Jun vem demonstrando desde o ano passado sua capacidade de reunir em protestos contra casos de corrupção do governo.
Desde fevereiro, quando o primeiro grande surto de Covid-19 estourou na Coreia do Sul, Jun Kwang-hoon também desafiou persistentemente a proibição de organizar grandes manifestações ou serviços religiosos sem distância social.
O maior surto registrado na Coreia do Sul desde o aumento dos casos no país neste verão (asiático) está ligado à ultraconservadora igreja liderada por Jun, com mais de mil fiéis infectados.