Furacão Laura deixa rastro de destruição em Louisiana; tempestade segue para o Arkansas
Na manhã desta quinta-feira (27), a população de Louisiana descobria os destroços deixados pelo furacão Laura, que tocou o solo do estado de Louisiana, no sul dos Estados Unidos. O furacão de categoria 4 registrou rajadas de vento de até 240 km/h nesta madrugada.
Os vídeos publicados no Twitter pelo "caçador de tempestades" Reed Timmer mostram a violência dos ventos, que quebraram as janelas de vários prédios no centro de Lake Charles, uma cidade de Louisiana conhecida por suas refinarias de petróleo.
Por volta das 11h (horário local), o governador de Louisiana, John Bel Edwards, confirmou a primeira morte: uma menina de 14 anos, cuja casa foi atingida por uma árvore.
O Laura é o furacão mais forte a atingir os Estados Unidos até o momento. Milhares de pessoas foram obrigadas a abandonarem suas casas na Louisiana e Texas, diante dos alertas de risco de enchentes.
Mais de meio milhão de moradores estavam sem energia elétrica durante a manhã nos dois estados, segundo o site PowerOutage.us.
Por volta das 7h (horário local), o furacão dava sinais de perder potência e foi reclassificado como categoria 2 pelo Centro Nacional de Furações (NHC, na sigla em inglês).
A previsão do órgão é que o fenômeno torne-se uma tempestade tropical ainda nesta quinta-feira, e chegue ao Arkansas pela noite.
Estragos
O NHC alertou para o aumento do nível dos rios em todas as regiões por onde o Laura deve passar. "Tempestade catastrófica, ventos extremos e inundações repentinas estão acontecendo em partes da Louisiana."
Além da maré alta, as ondas --que podem invadir um território de até 65 kmda costa -- podem provocar o aumento do nível dos rios de 4,5 a 6 metros acima do normal.
Região sofre com pandemia
O furacão atinge uma região duramente afetada pela Covid-19 nos EUA. Com isso, os pedidos para que as pessoas deixem suas casas e sigam para locais protegidos são acompanhados de alertas sobre a necessidade de manter distanciamento social e não esquecer da pandemia.
"As pessoas que entram (nos centros de proteção) usam desinfetante nas mãos, passam por controles de temperatura e mantêm uma distância física de dois metros", relatou Angela Jouett, que lidera a operação de evacuação em Lake Charles.
A temporada de tempestades no Atlântico vai até novembro e, segundo especialistas, deve ser uma das mais severas dos últimos anos. O NHC prevê até 25 furacões na região em 2020, o Laura é apenas o 12°.
(Com informações da AFP)