OIM alerta que 683 migrantes morreram no Mediterrâneo este ano
Trípoli, 19 jul (EFE).- A Organização Internacional para as Migrações (OIM) calculou nesta sexta-feira em 683 o número de pessoas que morreram neste ano nas três principais rotas de migração irregular no Mediterrâneo.
Segundo a OIM, 426 migrantes morreram na chamada rota central, que sai da Argélia, da Tunísia e da Líbia rumo à Itália; 53 na rota leste, que desemboca nas praias da Grécia; e 204 na rota oeste, que leva à Espanha.
"As mortes registradas nas três principais rotas do mar Mediterrâneo ao longo destes 199 dias de 2019 chegam a 683 indivíduos, em torno de 47% a menos que as confirmadas durante o mesmo período em 2018", explicou o órgão.
"Embora as chegadas mensais à Espanha estejam mais baixas este ano em geral, as mortes na rota do Mediterrâneo ocidental continuam sendo altas, com 204 mortes registradas durante pouco mais de seis meses deste ano", afirmou a OIM.
A rota do oeste se transformou na preferida para a maioria dos migrantes desde que o governo da Itália endureceu suas políticas em relação à Líbia e chegou a um polêmico acordo com a Guarda Costeira desse país.
Desde 2014, a OIM registra sistematicamente as mortes nas rotas de migração no mundo todo através do seu "Projeto Migrantes Desaparecidos".
Desde então, o projeto contabilizou a morte de 32.362 migrantes, sendo 1.405 em 2019, "embora, devido às dificuldades para coletar informações sobre estas pessoas e o contexto das suas mortes, é provável que a verdadeira quantidade de vidas perdidas durante a migração seja muito maior", afirma a organização. EFE