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Primeiro-ministro notifica o Japão sobre a abdicação do imperador Akihito

30/04/2019 05h47

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou formalmente, nesta terça-feira, a abdicação do imperador Akihito e destacou a época de paz vivida pelo país durante as três décadas que esteve à frente do Trono do Crisântemo.

Abe falou em nome do povo japonês no ato de abdicação de Akihito, que cede o trono ao seu primogênito, Naruhito, que o assumirá em outra cerimônia, amanhã.

"O imperador, segundo a lei especial imperial, abdica hoje", afirmou Abe, no ato, que aconteceu Palácio Imperial, em Tóquio.

Na sua mensagem, o primeiro-ministro destacou que Akihito "sempre desejou a paz da nação e a felicidade do povo japonês".

Akihito, acrescentou, "cumpriu com todo o coração e com responsabilidade suas tarefas e seu papel como símbolo da unidade do Japão e do povo japonês".

O chefe do governo japonês lembrou o papel desempenhado pelo imperador Akihito e pela imperatriz Michiko para consolar os japoneses pelos desastres naturais que o país sofreu nos últimos trinta anos.

A cerimônia foi realizada com a presença de cerca de 300 pessoas, incluindo representantes da família real e dos três poderes do governo.

As normas legais no Japão, que não conferem qualquer papel político ao imperador, indicam que o premier japonês era o encarregado de relatar a abdicação do imperador Akihito.

Formalmente, Akihito permanecerá imperador até à meia-noite. A proclamação de seu sucessor, Naruhito, ocorrerá amanhã, a partir das 10h30 (horário local, 22h30 de Brasília, de hoje).

Akihito, de 85 anos, anunciou em agosto de 2016 que sua idade e problemas de saúde o impediram de desempenhar plenamente suas funções como imperador.

Esse anúncio culminou com uma série de decisões políticas para a sua abdicação, uma possibilidade que não estava contemplada no esquema legal então em vigor, até que foi aprovada uma lei específica nesse sentido.

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