Em caso de rompimento de barragem, Barão de Cocais seria atingida em 1h12
A Defesa Civil de Minas Gerais alertou que, em caso de rompimento da barragem Sul Superior, em Barão de Cocais (MG), os rejeitos levariam 1h12 para atingir a zona urbana do município. Portanto, em caso de colapso, este é o tempo para remover as cerca de 3.000 famílias que vivem na região, que fica a cerca de 100 km da capital Belo Horizonte.
A informação está em um boletim emitido hoje pela Defesa Civil de Minas Gerais. "O risco tem que ser monitorado. Temos 1h12 para tirar todas as pessoas que estão às margens do rio que corta Barão de Cocais", disse o tenente-coronel Flávio Godinho.
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Na noite de ontem, o nível de alerta subiu do nível 2 para 3 e a sirene soou, pela segunda vez neste ano, alertando para o risco de rompimento da estrutura da mineradora Vale. A Defesa Civil já havia retirado cerca de 400 moradores que viviam em uma área mais próxima à barragem, desde o dia 8 de fevereiro, quando as sirenes soaram pela primeira vez.
Reunião e plano de emergência
Durante a manhã de hoje, se reuniram a prefeitura municipal, a Defesa Civil da cidade e do estado, Corpo de Bombeiros e Vale. Foi montado um plano para retirada da população em caso de emergência. A cidade foi dividida em quadrantes, cada um com pontos de encontro para os moradores.
Na segunda-feira (25), a população deve participar de um simulado, para aprenderem por onde devem fugir em caso de rompimento.
"O plano vai facilitar uma coordenação. Mas se acontecer um rompimento neste momento, os protocolos de segurança estão bem estabelecidos, com tropa da Polícia Militar, da Defesa Civil e dos Bombeiros para fazer a evacuação em 1h12", disse Godinho.
"A Defesa Civil Estadual permanecerá no município de Barão de Cocais para Coordenar os trabalhos a serem desenvolvidos diante da situação", informou o boletim da Defesa Civil emitido ontem.
Brumadinho e Mariana
O alerta ocorre cerca de dois meses após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que deixou ao menos 209 mortos. A tragédia - precedida pelo rompimento de uma barragem de rejeitos em Mariana, em 2015, quando houve 19 mortes - levou apreensão a diversas cidades onde há estruturas semelhantes.
(Com Estadão Conteúdo)