Tartaruga gigante é fotografada pela primeira vez em mais de um século
Uma expedição à Ilha Fernandina, no arquipélago das Galápagos, no Equador, terminou com uma grata surpresa: pela primeira vez nos últimos 113 anos, conservacionistas encontraram e fotografaram uma tartaruga-das-galápagos de uma subespécie que só ocorre nesta ilha. Como nenhuma tartaruga desta subespécie foi avistada desde 1906, ela era considerada extinta.
E não foi por falta de tentativa que a tartaruga-das-galápagos da Ilha Fernandina recebeu esta classificação. Desde 1960, o governo equatoriano realizou dezenas de expedições à ilha, mas não houve avistamento de espécimes deste réptil.
"Isso nos encoraja a fortalecer os nossos planos de encontrar outras tartarugas, o que nos permite continuar o programa para recuperar espécies", explicou, em comunicado oficial, Danny Rueda, diretor do Parque Nacional das Galápagos, que recebeu o espécime para tratamento e, subsequentemente, reinserção na natureza com o objetivo de preservar a subespécie; a ação é parte de um programa do Ministério do Meio Ambiente local, a Iniciativa de Restauração de Tartarugas Gigantes (GTRI, na sigla original).
A espécie
A tartaruga-das-galápagos (Chelonoidis nigra) é a maior espécie de tartaruga terrestre existente. Estes répteis podem chegar ao peso de 400 quilos e ao comprimento de 1,80 metros. Na década de 1970, segundo o governo equatoriano, restavam apenas 3 mil tartarugas-das-galápagos no território do país, mas esforços de conservação da espécie deram resultado e, hoje, de acordo com relatório publicado em 2012 pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o número saltou para 20 mil espécimes. A subespécie da Ilha Fernandina recebeu o nome científico C. nigra phantastica.
(Com informações do Ministério do Meio Ambiente do Equador)
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