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EUA ameaçam militares venezuelanos: apoiem Guaidó ou não terão saída fácil

Mike Pence, vice-presidente dos EUA, em reunião do Grupo de Lima na Colômbia Imagem: LUISA GONZALEZ/REUTERS

Talita Marchao

Do UOL, em São Paulo

25/02/2019 14h20

Em sua primeira participação no Grupo de Lima, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, fez ameaças aos militares que mantêm Nicolás Maduro no poder na Venezuela. "Façam a escolha certa por suas famílias e fiquem ao lado de Guaidó."

"Todas as opções estão na mesa. Para quem apoia Maduro, tenho um recado do presidente [Donald] Trump: Vocês podem apoiar a oferta generosa de anistia do presidente interino, Juan Guaidó, e viverem no seu país em paz", disse Pence hoje, em reunião em Bogotá, na Colômbia.

Mas, se mantiverem o apoio a Maduro, não encontrarão saída fácil. Vocês perderão tudo e serão responsabilizados
Mike Pence, vice-presidente dos EUA

O vice de Trump agradeceu ainda Brasil e Colômbia pelo apoio nas ações de fronteira para a entrada de ajuda humanitária na Venezuela e anunciou ainda US$ 56 milhões para os países "aliados" que apoiam a pressão contra Maduro. Pence pediu que os países latinos congelem os ativos da PDVSA, a petrolífera estatal venezuelana, e passem o controle destes ativos para Guaidó.

Em relação às ameaças de Maduro contra a Colômbia, o recado de Pence foi direto, afirmando que o país é o parceiro mais importante dos EUA na região e advertindo que os Estados Unidos agirão em caso de qualquer ameaça à soberania ou segurança da Colômbia. Ele confirmou ainda a aplicação de sanções econômicas aos governadores que bloquearam, no fim de semana, a entrada de ajuda humanitária.

"O socialismo está morrendo, e a liberdade, a prosperidade e a democracia renascem diante de nossos olhos. O presidente Trump me pediu para transmitir uma mensagem ao presidente Guaidó: estamos com você e estaremos até que a liberdade e a democracia voltem", afirmou Pence.

Chavistas "dançam sobre túmulos de indígenas", diz Guaidó

Em seu discurso, o presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, afirmou que a reunião do Grupo de Lima foi feita "para agir claramente na recuperação da democracia na Venezuela e em respeito pelos direitos humanos".

"Hoje o regime de Maduro acha que o bloqueio da ajuda humanitária foi uma conquista, eles cantam a vitória. Dançam em Caracas em tumbas de povos indígenas", em referência aos mortos na fronteira.

Em um dia, o mundo viu o que a Venezuela vem sofrendo há anos, de maneira vil e sádica, quando comida e remédios são queimados diante de pessoas famintas e que precisam de remédios. A boa notícia é que a Venezuela resistiu
Juan Guaidó, presidente autodeclarado da Venezuela

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