Ela sofreu parada cardíaca em exercício na academia e agora quer mudar lei
Resumo da notícia
- Emily Counter, de 21 anos, teve uma convulsão seguida por parada cardíaca enquanto malhava na academia
- Funcionários e alunos fizeram reanimação cardiopulmonar na jovem
- Um desfibrilador, presente na academia, foi utilizado nos primeiros socorros
- Ela descobriu uma doença rara e ficou três dias em coma no hospital
- Agora ela luta para que todos os estabelecimentos do país tenham desfibrilador
A australiana Emily Counter fazia exercícios na academia quando sofreu uma parada cardíaca. Uma câmera flagrou o momento em que ela cai do equipamento e é socorrida por funcionários e alunos do local, que usaram um desfibrilador para reanimá-la. O caso aconteceu em outubro do ano passado, mas as imagens viralizaram nesta semana e agora ela luta para que todos os estabelecimentos do país tenham desfibriladores.
As imagens mostram o momento em que Emily, de 21 anos, malhava em uma academia do Queesland, na Austrália. Ela começa a diminuir o ritmo do exercício, até que para e cai no chão. Segundo a imprensa local, ela teve uma convulsão seguida de uma parada cardíaca. Imediatamente, todos os frequentadores da academia que estão ao redor dela correram para socorrer.
O dono da academia, Aaron Petterson, e o aluno Ben Duffy, fizeram os procedimentos para reanimar a jovem até que Petterson trouxe um desfibrilador. A ação permitiu que Emily fosse socorrida com vida pela ambulância e levada ao hospital, no qual permaneceu em coma durante três dias.
No hospital, ela precisou passar por uma cirurgia e descobriu que possui uma doença rara, a Síndrome de Garland-White-Bland, caracterizada por uma má formação das artérias coronárias esquerda e que atinge uma a cada 300 mil pessoas, segundo estudos. Pacientes com a doença não costumam sobreviver ao primeiro ano de vida, enquanto Emily viveu 21 anos sem diagnóstico.
Ao jornal Courier Mail, Emily contou que já havia sentido dor no coração e dificuldade de respirar enquanto corria, mas atribuiu os sintomas ao sedentarismo.
À televisão australiana 7 News, ela disse que não se lembra do que houve e afirmou que só está viva graças ao uso do desfibrilador. Hoje, já de volta aos exercícios, ela luta para que uma lei obrigue todas os estabelecimentos a terem o equipamento. "Pode acontecer com qualquer um em qualquer momento".
No Brasil, a obrigação do desfibrilador já é lei. Locais públicos com circulação maior do que 4.000 pessoas por dia precisam obrigatoriamente ter o aparelho. A regra se aplica a estações rodoviárias e ferroviárias, portos, aeroportos, centros comerciais, estádios e ginásios esportivos, academias de ginástica, hotéis, templos e outros locais de grande circulação.