Moradores são evacuados de área perto de barragem da Vale em Nova Lima (MG)
As áreas próximas à barragem B3/B4 da mina Mar Azul da Vale, no distrito de Macacos, em Nova Lima (MG), tiveram de ser evacuadas preventivamente hoje (16), segundo o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. É terceira evacuação da companhia desde o desastre de 25 de janeiro.
Aproximadamente 200 pessoas deixaram suas casas porque a empresa de auditoria responsável se negou a atestar a segurança das barragens, conforme informou Aihara. Bombeiros, Defesa Civil e PM já foram acionados e estão com equipes no local. Nova Lima está localizada a cerca de 70 km de Brumadinho.
Em nota, a Vale informou que acionou na noite deste sábado o nível 2 do PAEBM (Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração). "A decisão é uma medida preventiva e se dá após a revisão dos dados dos relatórios de análise de empresas especializadas contratadas para assessorar a Vale. Cabe ressaltar que a estrutura está inativa", informou.
Ainda segundo a empresa, o trabalho está sendo conduzido pela companhia com apoio da Defesa Civil e demais órgãos competentes.
"As pessoas evacuadas estão sendo acolhidas e registradas no centro comunitário, onde receberão informações adicionais. Posteriormente, elas serão acomodadas em hotéis da região", disse companhia em nota. "A Vale dará toda a assistência e apoio necessários até que a situação seja normalizada."
A Defesa Civil de Minais Gerais explicou em nota que o local para onde os moradores estão sendo levados, citado pela empresa, é o Centro Comunitário Macacos. Quem mora na região abrangida pelo plano de emergência, deve procurar o local com documentos pessoais e comprovante de residência, a fim de se cadastrar e, posteriormente, ser levado para um hotel.
De acordo com informações dos bombeiros, serão evacuadas 49 casas. "Atualmente, a barragem está no nível 1, mas será modificada para nível 2 dentro de alguns minutos, seguindo o protocolo, uma vez que a auditoria não atestou a segurança. A sirene será acionada, seguindo o previsto no plano de emergência", disse Aihara. "O acionamento da sirene ocorre devido à elevação ao nível 2 de risco, não porque a barragem rompeu."