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Renan nega que conversas com Joesley o incriminem: "nunca cometi mal feito"

O  senador Renan Calheiros (MDB-AL)  - DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) Imagem: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
do UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

31/01/2019 18h14

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) negou nesta quinta-feira (31) ter tido conversas incriminatórias com o empresário e dono do grupo JBS, Joesley Batista, conforme mostram interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal e reveladas em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

"Não há nenhuma gravação minha em nenhum lugar que me incrimine ou seja desfavorável ao interesse do Brasil", declarou ele ao chegar para a reunião da bancada do MDB, em Brasília. O encontro deve definir o candidato do partido à Presidência do Senado.

Renan disse ainda que "as pessoas tensionam porque não o conhecem" e que "sempre teve uma participação na formatação do país do ponto de vista institucional".

"Nunca cometi mal feito", disse o parlamentar.

Renan repetiu que ainda não se considera candidato do MDB à Presidência do Senado e que a decisão caberá à bancada. Nos bastidores, ele trava uma batalha interna com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que se lançou na disputa antes da decisão partidária.

"Por isso que eu não me coloco como candidato. Quem vai decidir é a maioria da bancada. Por isso não postulo e não cogito."

As gravações obtidas pela reportagem da Folha revelam conversa entre Renan e Joesley em que o senador discute com o empresário uma nomeação para o Ministério da Agricultura, pasta de alto interesse para os negócios da JBS. Os áudios são de 2014.

Em 2017, Joesley, seu irmão, Wesley, e outros cinco executivos afirmaram ter pagado milhões a deputados e senadores em eleições em troca de vantagens para a JBS. Renan consta entre os delatados.

Ouça a conversa de Renan com Joesley

TV Folha

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