De acordo com o inquérito concluído pela Polícia Civil sobre a morte da dançarina de funk Amanda Bueno, de 29 anos, o crime foi passional. A jovem, que foi assassinada pelo noivo, Milton Severiano Vieira, em sua casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última quinta-feira (16), revelou segredos do passado dela para o companheiro três dias antes de morrer.
Entre as revelações, Amanda contou que trabalhou como stripper numa boate em Brasília. Além disso, a jovem revelou que tentou matar uma colega da boate. As duas teriam discutido após uma ter mexido nos pertences da outra. O caso, que ocorreu em 2007, fez com que a dançarina fosse condenada a dois anos de prisão por tentativa de homicídio. Amanda respondeu em liberdade.
Ao saber dos detalhes da antiga profissão da dançarina, Milton ficou com ciúme e ofendeu a então companheira. Para se vingar, ele marcou um encontro com uma ex-namorada, tirou fotos e depois mandou para Amanda.
Após o encontro, Milton voltou para casa e começou uma discussão com a dançarina. O bate-boca virou agressão. O noivo derrubou Amanda e bateu a cabeça dela contra o chão. Em seguida, atirou várias vezes contra a cabeça da mulher com uma pistola. A dançarina já estava morta quando Vieira trocou de arma e fez mais cinco disparos com uma escopeta calibre 12.
Segundo o delegado Fabio Cardoso, titular da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), o suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, inclusive pelo feminicídio, porte ilegal de armas de fogo e roubo. Se for condenado, ele pode pegar uma pena de até 67 anos de prisão (somando as penas máximas desses crimes).