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Sempre pronta para o combate! Astrid Fontenelle em 11 fatos

01/04/2019 08h04

A apresentadora Astrid Fontenelle completa 58 anos nesta segunda-feira (1/4/2019). Ela foi criada pela mãe, sofreu abuso do padrasto, soube desde jovem que a maternidade viria por meio da adoção, mudou a sua rotina ao receber o diagnóstico de Lúpus e é uma das apresentadoras mais marcantes da TV, tendo se tornado também um ícone do feminismo. Confira alguns detalhes sobre a trajetória da artista.

  • Orlando Oliveira/AgNews

    Filha da mãe

    Astrid Coutinho Fontenelle de Brito nasceu no Rio de Janeiro e foi criada pela genitora. "Meu pai se separou da minha mãe quando eu tinha 6 anos e ele não me ensinou nada. Tudo certo. Já fiz terapia [risos]. Da minha mãe tem duas frases que adoto. A primeira: 'Prefiro ter uma filha burra do que mentirosa'. A mentira mostra a falta de caráter. E a segunda, ela disse quando mudamos para um prédio grande no Méier, no Rio: 'Tudo o que acontece em um condomínio como esse vai ser sempre culpa da bicha do segundo andar, da preta do terceiro, ou da desquitada do quarto, que é o nosso caso'. Aprendi com ela a não mentir e a não ter preconceito com relação ao outro"

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Abuso

    Em 2016, Astrid Fontenelle abriu o jogo durante o programa "Saia Justa" e fez um depoimento sobre os abusos sexuais que sofreu na juventude. Ela revelou que, quando tinha 13 anos, um homem desconhecido expôs a genitália para que ela visse. Aos 15, um conhecido tentou forçá-la a ter uma relação sexual e, ainda aos 15, viveu um episódio traumatizante por conta do padrasto: "Ela [a mãe] foi trabalhar em São Paulo e eu fiquei no Rio morando com ele. Era um cara adorável, gente boa. De repente um dia eu acordo com ele me bulinando. Fiquei paralisada como eu tivesse tomado um choque. Aí me mexi e ele saiu do quarto. Passei a viver em pânico com ele. A minha mãe só voltava de final de semana. O meu maior medo foi o de destruir o sonho dela. Imagina eu contar! Ela adorava esse cara. Depois disso, às vezes ele entrava no quarto e eu já falava: 'O que foi? Perdeu alguma coisa aqui?' Ou às vezes eu estava dormindo, ele encostava em mim, eu já acordava e ele falava que tinha vindo me cobrir. Comecei a trancar o quarto. A minha mãe me dava bronca por eu trancar a porta e eu não dizia a verdade, passei a mentir. Você acha realmente que o teu corpo é o pecado, que você é o pecado. Me sentia muito culpada por ser adolescente, ter peitinho e ser desejada por quem não deveria. Ela morreu sem saber da verdade"

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Jornalismo

    Aos 16 anos, Astrid saiu do bairro Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, e se mudou com a mãe para São Paulo. Na cidade, se formou em Jornalismo e conseguiu o primeiro emprego como estagiária em uma assessoria de imprensa. Em 1985, ela passou a trabalhar na produção do "Festival dos Festivais", na Globo, e apresentou o primeiro "Hollywood Rock" ao lado de Pedro Bial

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Na TV

    A apresentadora também teve passagens significativas por emissoras, como Globo, Manchete, Band e, atualmente, GNT, emissora na qual é uma das apresentadoras que comanda a atração "Saia Justa". Ao longo da carreira, Astrid ganhou notoriedade entre os jovens, especialmente com programas na MTV, como "Pé na Cozinha", "Disk MTV" e "Barraco MTV"

  • Reprodução/TV Globo

    Arrependimento

    Em 2017, Astrid falou com a revista Quem e confessou se arrepender da entrevista que fez com Ayrton Senna. "No quadro [da MTV], eu fazia perguntas sobre um tema específico. Com o Ayrton, era sobre Deus [o piloto havia dito em uma entrevista que tinha visto Deus após uma vitória]. A primeira pergunta que fiz, foi: 'É verdade que você viu Deus?'. Ele virou uma fera. Pegou o microfone da minha mão, me deu um empurrão. Eu falei: 'Calma, calma. Eu só quero saber como Deus era'. Ele achou que era deboche. Talvez tenha sido. Eu errei. Não foi ao ar nem quando ele morreu. Hoje, eu respeito. Acredito, por exemplo, que vi a minha mãe passando por mim no dia da morte dela. Estava dando tchau pra mim...", afirmou

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Violência doméstica

    Em 2015, ela fez um breve relato pessoal no programa "Saia Justa", falando sobre o fato de a mãe ter sido vítima de agressões. "Eu só falo isso porque ela morreu, porque ela tinha muita vergonha dessa história. Mas eu acho que falando isso eu posso contribuir com a melhoria da vida de outras mulheres. Ela apanhava demais do namorado e morria de vergonha. Era um namorado que vivia com ela. Ela tinha uns 56 anos. Ela morava no Rio de Janeiro e eu em São Paulo, e o que chegava até mim, era que ela tinha 'tropeçado na calçada e quebrado o braço'. Até o dia em que ele destruiu o carro dela, escreveu xingamentos no carro inteiro, e nesse caso não tinha como ela esconder, e uma amiga dela me ligou. Fui até lá, ela estava escondida, e eu batia na porta, falava que era eu, mas ela estava com medo do cara estar comigo e dele poder me bater. Contei com a ajuda de um delegado maravilhoso, da Barra da Tijuca. A gente conseguiu pegar ele em flagrante, ele foi preso, e ela se libertou. No início, ela queria 'curar' esse cara, tinha um apego emocional. Mas, no final, ela tinha pânico e tremia. Eu coloquei minha mãe no colo", relatou

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Maternidade e família

    "Quando eu era bem jovem, com 18 anos, cheia de ideais, frequentava esporadicamente uma unidade da Febem que tinha no Pacaembu, e falava para a minha mãe que queria adotar. A gente chegou a pesquisar, mas eu não poderia por ser solteira. Antigamente tinha isso, hoje não mais. Ao mesmo tempo, sou da geração que tinha que trabalhar, que ir à luta. Minha mãe foi uma das primeiras desquitadas oficialmente do Brasil, então, me educou para não ter que depender de homem, para saber trocar lâmpada, programar o videocassete, ser independente, até demais! E aí, fui indo, indo, até que uma hora meu relógio biológico bateu, aos 40 e poucos anos. Comecei a sentir vontade de ser mãe. E nunca foi uma coisa biológica, nunca quis ficar grávida, nunca, nunca", contou à "Pais & Filhos". À Trip, ela contou que quando conheceu o filho, Gabriel, ele era um bebê de 40 dias, que parou de chorar assim que ela o acolheu em seus braços: "Entendi na calma dele que era meu filho. Feito pra mim. Fomos destinados pra ficarmos juntos". A adoção aconteceu em 2008 e a família aumentou em 2010, quando a apresentadora se casou com o produtor musical Fausto Franco

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Preconceito

    Como toda mãe, Astrid vira uma leoa quando mexem com sua cria. E ela se revoltou diante um episódio de racismo sofrido pelo filho. "Um menino o chamou de pretinho na escola e eu ouvi. Fui atrás, chamei a família e dei aquelas lições de vida básicas, coloquei-os no devido lugar. Gabriel não percebe a casa grande e a senzala por que não faço essa diferença. Tenho muitas cores. Gay, então, é quase um ímã [risos]. Meu filho percebeu que existiam gays quando a Daniela Mercury posou de noiva com a Malu Verçosa. Ele me mostrou a foto espantado. Aí, fui natural: 'Pois é, casou, nem convidou a gente'. Nunca mais perguntou sobre o tema", contou em conversa com a Quem. Na foto, Astrid está com Gabriel e Fausto Franco

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Lúpus

    Assim que recebeu o diagnóstico da doença, Astrid se viu em uma nova realidade. Precisou parar de trabalhar, emagreceu 14 quilos e viu o cabelo cair. "Eu falei: 'Não quero cena de novela, tira esse cabelo daqui, me leva agora no melhor lugar de peruca de São Paulo'", contou ela em entrevista ao "Bem Estar". "O que me doeu foi descer do salto, porque eu tinha muitas dores nas articulações. Então eu passei a andar de tênis e as pessoas falavam: mas ela faz o Saia Justa [programa da GNT] de salto alto. Altíssimos porque eu fico sentada. No dia a dia eu uso rasteira", afirmou. A apresentadora ainda revelou de onde tirou forças para lutar contra o Lúpus. "O Gabriel é meu filho do coração, ele foi adotado, e uma das coisas que eu pensava é: 'Não, esse menino não vai perder a segunda mãe, ele não merece passar por isso. Ele já perdeu uma, não vai me perder. Vou ficar boa, vou ficar boa'... E eu fiquei", pontuou ela, que, atualmente, leva uma vida com precauções. "O Lúpus afetou pra caramba minha vida. Mas agora eu estou com o ritmo controlado, eu não gravo o quanto eu gravava, eu não posso ficar no sol, mudou minha roupa de ir à praia, a comida que como, o horário que como. Mas estou bem. Eu tenho um foco muito grande que é meu filho e uma meta muito grande que é viver muito mais tempo com ele. Acho que vale a pena. Ir à praia de manga comprida, não beber... eu posso beber uma taça, mas pra quê? Já não bebia antes. Então, eu me cuido", contou ao iG Gente

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Feminismo

    Tida como uma referência feminista, Astrid fez questão de comentar o rótulo em conversa com a Quem: "Se eu tivesse uma filha, ela teria orgulho de mim. Mas crio um menino e a minha responsabilidade é ainda maior. Falamos mal do comportamento do homem o tempo todo. E esse homem foi criado por uma mulher. Que mulher é essa que cria homem? Acredito que fiquei mais feminista ainda por causa do meu filho. Mas feminismo não é o contrário de machismo. Não é com rispidez que conquistamos novas coisas. É abraçando o homem. Trazendo ele para a causa"

  • Reprodução/Instagram @astridfontenelle

    Envelhecimento e sexo

    Em conversa com a revista Quem, Astrid falou um pouco sobre o passar dos anos para ela: "É ruim envelhecer. Você perde a visão, a orelha e o peito caem, o sexo é diferente. E estou encolhendo! Tinha 1,64 m, estou com 1,62 m! O que compensa é a maturidade, senão seria um desespero. O físico fica pior, mas a cabeça melhor. Basta cuidar um pouco dela. [O sexo] deixaria de existir se não fosse a reposição hormonal. Tudo na vida tem conserto. Reposição hormonal é a segunda maravilha do mundo. Você volta a ter 24 anos. A primeira é o sexo, porque a vida fica muito melhor"

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