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20 personalidades negras que fizeram história no Brasil e no mundo

No Dia da Consciência Negra, o BOL traz uma lista de personalidades do Brasil e do mundo que, obstinados, se sobressaíram mesmo diante do preconceito racial e deixaram suas marcas na história, com legados que permanecem e merecem ser lembrados.


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    Zumbi dos Palmares

    O grande homenageado, uma vez que o Dia da Consciência Negra, instituído em 2003, é 20 de novembro, data em que Zumbi (1665 - 1695) morreu. Ele foi o líder do quilombo dos Palmares no século 17. A comunidade livre, comandada por ele, era formada por escravos fugitivos em Alagoas e lutava contra as expedições militares que tentavam capturar seus membros e escravizá-los novamente

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    Luís Gama

    Filho de Luiza Mahin, figura importante na Revolta dos Malês, Luís Gama (1830 - 1882) foi vendido pelo próprio pai, um fidalgo branco de origem portuguesa, aos 10 anos. Consciente de que a situação era ilegal, uma vez que era filho de mãe livre, o jovem fugiu em 1848. Inteligente e autodidata, tornou-se advogado e passou a exercer atividades contra a escravidão, sendo responsável pela libertação de mais de 500 escravos. Foi também poeta, jornalista e patrono da cadeira número 15 da Academia Paulista de Letras

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    Aleijadinho

    Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1839 - 1908) era filho de um português e uma africana e pelo fato de ser mestiço sofreu com o preconceito. Isso não o impediu de se expressar e deixar sua marca como artista ao esculpir, com requinte, imagens religiosas em pedra-sabão. Um de seus trabalhos mais conhecidos é o Adro dos Profetas, na Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Minas Gerais

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    Machado de Assis

    Machado de Assis (1839 - 1908) tornou-se o principal nome do realismo literário e fundou a Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo o primeiro presidente da organização. Títulos como "Quincas Borba", "Dom Casmurro" e "O Alienista" estão entre os mais aclamados do conjunto de sua obra, que é composta por romances, peças teatrais, contos e crônicas

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    Lima Barreto

    O escritor morreu aos 41 anos deixando uma extensa obra de 17 volumes, entre contos, memórias, ensaios, crônicas e críticas literárias. Foi em 1911, que Lima Barreto (1881 - 1922) publicou um de seus livros mais renomados: "Triste Fim de Policarpo Quaresma". Quatro anos depois, foi a vez de lançar a crítica política "Numa e a Ninfa". Mestiço, o escritor e jornalista fez questão de se manifestar e militar a respeito dos preconceitos sociais e raciais, dos quais ele mesmo era vítima

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    Cartola

    Angenor de Oliveira, o Cartola (1908 - 1980) foi um dos fundadores da segunda escola de samba do Rio de Janeiro, a Estação Primeira de Mangueira, em 1928. Foi ele quem escolheu e instituiu as cores verde e rosa e ainda tornou-se diretor de harmonia. Ainda deixou sua marca para além do Carnaval com composições como "As Rosas Não Falam" e "O Mundo É Um Moinho"

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    Rosa Parks

    A costureira americana foi símbolo dos direitos civis dos negros nos EUA. Sua história tornou-se mundialmente conhecida depois que Rosa Parks (1913 - 2013) se recusou a ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus em 1955, no Alabama, ano e lugar em que regiam as leis de segregação racial

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    Carolina de Jesus

    Carolina Maria de Jesus (1914 - 1977) trabalhava como catadora até ser descoberta pelo jornalista Audálio Dantas e tornar-se uma das grandes revelações da literatura brasileira. Considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do país, tornou-se celebridade ao publicar o livro "Quarto de Despejo", no qual conta o seu cotidiano na favela de São Paulo em que criou os três filhos. A obra foi traduzida para 16 idiomas e publicada em mais de 40 países, virando rapidamente um best seller

  • Moacyr Lopes Junior/Folhapress

    Nelson Mandela

    Primeiro, um líder rebelde, depois presidente da África do Sul. Rolihlahla Madiba Mandela, ou Nelson Mandela (1918 - 2013) foi o principal representante do movimento de luta contra o apartheid. Justamente por conta de seu posicionamento político era visto pelo governo como um terrorista e passou quase três décadas preso. Em 1993, dividiu o Prêmio Nobel da Paz com Frederik de Klerk, que também foi presidente da África do Sul

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    Malcom X

    Importante militante na luta contra o racismo nas décadas de 1950 e 1960, Al Hajj Al-Shabazz, ou Malcom X (1925 - 1965), apostava na resistência pacífica como arma para enfrentar o racismo. Viajava pelos EUA para falar sobre a libertação dos negros e seus direitos. Foi assassinado diante da mulher Betty, que estava grávida, e das quatro filhas, com vários tiros enquanto discursava em Nova York

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    Milton Santos

    O geógrafo conquistou o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, em 1994. Foi o único brasileiro a obter esse feito e o primeiro fora do circuito anglo-saxão. Milton Santos (1926 - 2001) também levou o Prêmio Jabuti em 1997 pelo melhor livro de ciência humanas com "A Natureza do Espaço". Além de ter sido professor da USP, lecionou em outros países, como a França

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    Maya Angelou

    A escritora e poetisa Maya Angelou (1928 - 2014) foi a primeira motorista de ônibus negra em São Francisco, nos EUA, com apenas 17 anos. Em uma época em que a situação não era comum, assumiu-se mãe solteira e, na década de 1950, firmou-se como atriz, cantora e dançarina. Maya foi a primeira mulher negra a ser roteirista de Hollywood e trabalhou por muitos anos em prol dos direitos civis, viajando o mundo em defesa de movimentos de independência africanos

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    Martin Luther King

    Quem não conhece o famoso discurso de Luther King (1929 - 1968)? "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele", diz um trecho proferido por ele em 1963. Graças às manifestações contra a segregação racial que ajudou a liderar, nasceram a Lei dos Direitos Civis, de 1964, e a Lei dos Direitos de Voto, de 1965. Conquistou o Prêmio Nobel da Paz e foi assassinado a tiros por um opositor

  • Divulgação/TV Cultura

    Elza Soares

    Considerada pela BBC como "a melhor cantora do milênio", Elza nasceu em 1937 e consagrou-se como artista internacional aos 30 anos. Foi indicada ao Grammy Latino de 2003 por conta do trabalho "Do Cóccix ao Pescoço", mas viu o álbum "A Mulher Do Fim Do Mundo", seu primeiro álbum só de inéditas lançado após mais de seis décadas de carreira, tornar-se o seu trabalho mais premiado. Com o disco, em que fala sobre racismo e violência doméstica, a cantora recebeu o Troféu APCA da Associação Paulista de Críticos de Arte, o Prêmio da Música Brasileira e o Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB

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    Wangari Muta Maathai

    A ativista política lutava pelo meio ambiente no Quênia e fundou o movimento Cinturão Verde Pan-Africano, responsável por plantar mais de 30 milhões de árvores. Graças a sua luta, Wangari (1940 - 2011) tornou-se a primeira africana a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2004

  • Dibyanghu Sarkar/AFP

    Pelé

    Edson Arantes do Nascimento veio ao mundo em 1940. Em 1981 recebeu o título de Atleta do Século (20), conquistado após uma eleição feita pelo jornal francês L'Equipe. O atleta consagrou-se em 1958, na Copa em que o Brasil foi campeão mundial pela primeira vez e Pelé marcou seis gols. Criou e aperfeiçoou jogadas que levaram não apenas o seu nome como o de seu país para o mundo, ganhando o apelido de Rei da imprensa francesa em 1961. Tornou-se embaixador para Ecologia e Meio ambiente (ONU 1992), embaixador da Boa Vontade (UNESCO 1993), embaixador para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco 1994), recebeu o título de Sir-Cavaleiro Honorário do Império Britânico, das mãos da Rainha Elizabeth 2ª, em 1997, foi considerado o Maior Futebolista do Século em 1999, pela Unicef, e ainda foi eleito Melhor Jogador do Século da FIFA em 2000

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    Angela Davis

    Nascida em 1944, Angela é uma professora, filósofa, socialista e integrante do Partido Comunista dos EUA. Sua militância em prol da mulheres e contra o racismo a fez ficar conhecida pelo mundo todo. "Nós representamos as poderosas forças de mudança que estão determinadas a impedir que as moribundas culturas do racismo e do patriarcado heterossexual se ergam novamente", afirmou em seus discurso na Marcha das Mulheres, um dia após a posse de Donald Trump

  • Getty Images

    Oprah Winfrey

    Nascida em 1954, a artista, com uma intensa história de superação, tornou-se a primeira mulher negra a ser incluída na lista de bilionários da Forbes. Além disso, segundo a própria Forbes, Oprah é uma das maiores filantropas de todos os tempos. Lutou por uma lei para a criação de uma base de dados com os nomes de todas as pessoas que tivessem sido condenadas no país por abusar de menores, que foi aprovada e ganhou o seu nome. Além disso é atriz, dona do próprio canal de TV a cabo, já foi indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro, conquistou um Oscar honorário por conta de seu trabalho humanitário e se firmou como apresentadora conceituada, tendo recebido mais de 20 indicações ao Emmy, levando o prêmio em mais de uma dezena de vezes

  • Charles Rex Arbogast/AP Photo

    Barack Obama

    Barack Hussein Obama Jr. nasceu em 1961 e foi o primeiro negro a ser eleito presidente dos EUA em novembro de 2008, tendo sido reeleito para um segundo mandato. Foi autor de medidas marcantes, como a retomada das relações com Cuba, a reforma do sistema de saúde no país e a legalização do casamento gay

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    Beyoncé

    A cantora, nascida em 1981, além de ser uma das fundadoras da ONG Survivor Foundation, que ajuda na construção de abrigos para pessoas que perderam suas casas em catástrofes naturais, faz questão de se posicionar politicamente e falar sobre o racismo. Em setembro deste ano, ao aparecer na revista Vogue America, exigiu ser clicada por Tyler Mitchell, primeiro fotógrafo negro a fazer a capa da publicação. Ainda em 2018, ao ser a primeira mulher negra a protagonizar o festival Coachella, prestou tributo a Nina Simone e citou um texto de Malcom X, já no clipe da música "Apeshit", protagonizado ao lado do marido, Bey faz uma crítica à cultura branca e eurocêntrica

Errata: este conteúdo foi atualizado
Este texto errou ao informar que o sobrenome da costureira americana Rosa Parks, símbolo dos direitos civis dos negros nos EUA, era Sparks. A informação foi corrigida.

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