Fenômeno da TV: a trajetória do apresentador Ratinho
15/02/2019 08h00
O apresentador Ratinho comemora 63 anos nesta sexta-feira (15/2/2019). Depois de estrear na TV com programas policiais, ele foi conquistando espaço, subindo na audiência e causou confusão entre Record e SBT. Quer saber mais sobre as peripécias que esse ex-político já aprontou?
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Imagem: Reprodução/Instagram Imagem: Reprodução/Instagram O ousado chegou!
Nascido em Águas de Lindoia (SP), Carlos Roberto Massa ganhou, ainda na infância, o apelido pelo qual se tornou conhecido no Brasil inteiro. E foi no início da década de 1990 que ele ganhou espaço na televisão, primeiramente com um programa policial na CNT, em Curitiba
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Imagem: Rodrigo Paiva/UOL Imagem: Rodrigo Paiva/UOL Sangue na tela
Em 1996 estreava o "190 Urgente", diretamente do Paraná. Com cobertura nas áreas de homicídio, tráfico de drogas, roubos e outros casos criminais, Ratinho impressionava o público mostrando corpos ensanguentados enquanto vociferava quebrando aparelhos de fax com um cassetete na mão - que se tornou a sua grande marca registrada, justamente com alguns bordões, como: "Aqui, tem café no bule", "Parabéns para o papai" e "Hoje, a cobra vai fumar"
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Imagem: Rodrigo Paiva/UOL Imagem: Rodrigo Paiva/UOL Problemas na Justiça
Ratinho não hesitava em mostrar a violência nua e crua diante dos olhos do público em seu programa. Isso atraiu não apenas a audiência, mas também a Justiça. Em 1997, a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público do Paraná entraram com um pedido na Justiça para tirar o "190 Urgente" do ar. O programa, que dava cerca de quatro pontos de audiência, foi acusado de ferir os direitos individuais - ao condenar pessoas deliberadamente - e incitar a violência
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Imagem: Letícia Lovo/UOL Imagem: Letícia Lovo/UOL Aqui, tem café no bule! Será?
O bom resultado do programa com o público permitiu a Ratinho negociar com outras emissoras. Com isso, em setembro de 1997, ele foi para a Record com o programa "Ratinho Livre" - que tinha duração de quatro horas. Com nove pontos de audiência, incomodou Globo e SBT. Os testes de DNA passaram a ser exibidos lado a lado com os casos policiais, mas, na época, notícias afirmaram que muitas das brigas eram previamente combinadas e encenadas
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Imagem: Rodrigo Paiva/UOL Imagem: Rodrigo Paiva/UOL Vira casaca
Silvio Santos entrou na jogada interessado no sucesso de Ratinho e, sem avisar a Record, o apresentador simplesmente mudou de emissora sem olhar para trás. A Record, claro, cobrou a multa por rescisão de contrato e o "patrão" fez um acordo com Edir Macedo para reduzir o valor
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Imagem: Divulgação Imagem: Divulgação Hoje, a cobra vai fumar
Na década de 2000, já no SBT, Ratinho passou a investir no humor. O público, então, passou a ver personagens como Marquito, Sombra e até o mascote Xaropinho no palco da atração
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Imagem: TV UOL Imagem: TV UOL Novos problemas
Desde 1998, o "Programa do Ratinho" era um velho conhecido da Justiça, recebendo constantes advertências. Isso mantinha o programa no centro das polêmicas, o que acontece até hoje, se não pelo conteúdo, pelo perfil escrachado do apresentador
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Imagem: Reprodução/SBT Imagem: Reprodução/SBT Falando bem de políticos?
Em 2006, Ratinho foi acusado de receber dinheiro para falar bem de alguns políticos, entre eles Marta Suplicy. Mesmo negando, ele acabou saindo do ar naquele ano para amenizar a polêmica
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Imagem: Divulgação/SBT Imagem: Divulgação/SBT Vida política
E por falar em política, além de apresentador e fazendeiro, Ratinho tem em seu currículo os cargos de vereador de Curitiba e de Jandaia do Sul, além de deputado federal do Paraná pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional). Ele revelou em entrevista à Folha de Londrina que desistiu da carreira política por falta de paciência
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Imagem: Gisele Pimenta/Frame Photo/Estadão Conteúdo Imagem: Gisele Pimenta/Frame Photo/Estadão Conteúdo Pai de governador
Ratinho Junior, filho do apresentador, foi eleito governador do Paraná pelo PSD. Em conversa com a Folha de Londrina, o pai fez questão de afirmar que, apesar de não assumir mais nenhum cargo político, ficará de olho aberto na gestão do filho, inclusive para dar "puxões de orelha" caso necessário: "Ele sabe que a conversa comigo é diferente"