De Veloster Turbo a Honda NSX: 10 promessas não cumpridas para o Brasil
O Brasil tem muitas promessas não cumpridas: de políticos a montadoras, somos o país do futuro. Mas, às vezes, esse futuro tão prometido não chega nunca e fica só na história mesmo. Nesse caso, falamos dos carros que, confirmados e prometidos, nunca deram as caras por aqui.
De superesportivos a picapes, passando pelo mítico Veloster Turbo, o Brasil teve muitos carros que ficaram na promessa. A maioria deles até chegou a pisar aqui, mesmo que temporariamente para um Salão do Automóvel ou pelas mãos da imprensa, mas não passaram disso.
Confira 10 promessas não cumpridas
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Chevrolet Volt
Em 2011, a GM trouxe algumas unidades do Chevrolet Volt ao Brasil. Era o primeiro elétrico da marca, que funcionava com um motor a combustão como gerador. O método é o mesmo que a Nissan utiliza na tecnologia e-Power que vai adotar no Kicks a partir de 2022.
A promessa era de vender o carro por aqui, mas nunca aconteceu. A tecnologia era nova ainda e o custo alto. A segunda geração saiu de linha em 2019, mas ao menos ele abriu espaço para a chegada do Bolt, que é um hatch compacto elétrico. -
Honda NSX
Mesmo sem nunca ter sido vendido por aqui, o brasileiro tinha uma ligação emocional com o Honda NSX, esportivo criado no início dos anos 90 e que teve pitacos de Ayrton Senna no desenvolvimento.
A segunda geração surgiu só em 2015 e tinha passaporte carimbado para o Brasil. Com um V6 e três motores elétricos, entrega 500 cv. A importação "subiu no telhado" com um aumento repentino do dólar e o custo de ferramental para concessionárias, que não quiseram arcar com isso. -
Hyundai Veloster Turbo
O Hyundai Veloster Turbo apareceu no Salão do Automóvel de São Paulo em 2014. O modelo foi confirmado e chegaria no ano seguinte. Ficamos a ver navios e esperamos até agora pela versão mais radical do coupê de três portas.
O motor 1.6 turbo rendia 204 cv, uma bela diferença em relação ao Veloster vendido aqui com motor do HB20, o 1.6 aspirado de 128 cv, a gasolina. -
Kia Optima Hybrid
O sedã médio-grande, rival do Ford Fusion, até para brigar com o três volumes da marca do oval azul, ganhou uma versão híbrida. O modelo chegou a vir ao Brasil em poucas unidades, homologadas pela fábrica, para testar mercado e tecnologia.
Mas a operação da Kia encolheu demais com o dólar nas alturas e o IPI majorado para carros importados. A segunda geração foi registrada no Brasil, mas deve ter o mesmo fim. -
Mercedes-Benz Classe X
Apresentada em 2017 ao mundo, a Classe X foi confirmada pela Mercedes-Benz no Brasil. Seria a primeira picape de uma marca de luxo e, como um dos maiores mercados do mundo para esse tipo de veículo, o Brasil tinha prioridade.
O lançamento programado para 2019 nunca aconteceu, nem a produção na fábrica da Nissan, na Argentina. Com uma aceitação limitada na Europa, a picape entrou no corte de custos da Daimler, que controla a Mercedes, antes de estrear por aqui. -
Peugeot 308 (Segunda geração)
A segunda geração do 308 viria para ser uma opção de topo dentro da gama que tinha o modelo argentino da primeira geração. Complementaria a gama e seria uma versão mais equipada e moderna, mas com o mesmo motor 1.6 turbo, só que só a gasolina.
Com dólar alto e a queda do segmento, o felino virou um gatinho e ficou pela Europa mesmo. Inclusive a nova geração acabou de ser lançada lá e não deve vir, já que o mercado de hatches médios morreu. -
Renault Megane RS
Outro carro que empolgou os puristas foi Renault Megane RS. A versão esportiva do hatch chegou a ser anunciada pela Renault. A empresa, inclusive, colocou unidades do carro à disposição dos jornalistas para testes.
Na época, foi logo quando chegou ao Brasil o VW Golf GTI da sétima geração. Os carros importados estão no país até hoje, mas a geração do Megane já mudou na Europa. -
Renault Koleos
Depois do Megane RS, outro que abriu os olhos do consumidor brasileiro para a Renault foi o Koleos. O SUV médio viria ao Brasil, a imprensa teve a oportunidade de avaliar o carro e a chegada estava marca para o fim de 2016.
A empolgação com o modelo era devido ao fato de ser um Renault efetivamente, não um Dacia com o logo da marca francesa como os demais carros (Logan, Duster e Sandero).
Ele viria com um motor 2.5 de 170 cv e câmbio automático. Nunca deu as caras e o vilão indicado foi o câmbio do dólar. -
Renault Alaskan
Não é perseguição, é que a Renault foi quem mais deu esperanças ao consumidor brasileiro de uma linha moderna nos últimos anos.
A picape Alaskan estará em breve à venda em nossos vizinhos argentinos, onde também será produzida, mas a Renault, depois da possibilidade e de apresentar o produto no Salão do Automóvel, desistiu de vender por aqui.
A base dela é a mesma da Nissan Frontier, que por sua vez também era a base da Classe X. -
Toyota 86
Irmão do Subaru BRZ, o Toyota 86 é um dos carros mais legais produzidos pela marca japonesa. Ele tem um motor 2.0, com injeção direta de 200 cv e câmbio manual ou automatizado e tração traseira.
A Toyota chegou a importar algumas unidades para o país, para estudo, mas nunca ofereceu aqui. Entretanto, vende o carro já reestilizado nos vizinhos Argentinos.