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CEO do Santos não dá prazo para técnico e vê queda de Caixinha como derrota

do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/04/2025 15h26

Pedro Martins, CEO do Santos, afirmou que o clube não anunciará um novo técnico às pressas após a demissão de Pedro Caixinha na última segunda-feira.

A saída do Caixinha é um passo atrás em relação ao que pensamos de projeto e, por isso, vamos tomar o tempo necessário para escolher o novo técnico. Não vai acontecer do dia para a noite.

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O Santos não tem negociação avançada com nenhum treinador hoje. O Santos não vai entregar a chave da primeira equipe para um treinador. Ele precisa vir e aceitar fazer uma construção em conjunto. Vamos analisar os nomes necessários e conversar quantas vezes forem precisas. Pedro Martins, em entrevista coletiva

A saída do técnico português é vista como uma 'derrota institucional' pelo CEO do Santos. O português não resistiu aos maus resultados recentes após ter assumido o time no começo do ano.

Não ficou por causa de resultado. Quando o critério é esse, a derrota é de todos. Foi essa a reflexão que fiz com colaboradores e jogadores do Santos. É bonito falar da vitória, do que fazemos de bom, colocamos títulos como fruto de uma construção coletiva. A derrota e o fracasso também. Se queremos modificar essa cultura tão ruim, de colocar a cabeça do treinador à frente no primeiro insucesso, precisamos todos nós colocar a mão na consciência e entender o que fizemos de errado para que ele pudesse ser demitido. Pedro Martins

O que mais ele disse?

Por que a demissão?: "A demissão foi porque não víamos mais uma melhora ou capacidade de evolução do time perante os comportamentos que identificamos no começo do Brasileirão. Achamos necessário fazer isso para o ajuste acontecer no início da competição."

Agradecimentos a Caixinha: "Da mesma maneira que vim aqui apresentar o Caixinha e falar da lógica da chegada, preciso vir aqui agradecer ele pela confiança que depositou no clube em momento de incerteza. Hoje, olhamos para o Santos, o elenco que tem, e esquecemos muito rápido como estava no final de dezembro. O Caixinha fez uma aposta no projeto do Santos em um momento que o clube não tinha o elenco, não tinha feito movimento de mercado e também tinha dúvidas e incertezas sobre o projeto desportivo, tinha acabado de subir."

Mudanças feitas por Caixinha: "A vinda dele representou um novo passo para o Santos se preparar para a Série A, que envolvia uma série de critérios e mudanças. Queria falar das mudanças que não apareceram. Ele foi importante na mudança da cultura do CT, do início ao fim do dia. Foi importante na modificação e quebra de uma série de vícios existentes no CT. Foi importante para que o Santos se preparasse para o nível da Série A."

O que fala para os possíveis técnicos?: "Da mesma maneira que falo com vocês, falo para os treinadores e colaboradores que podem vir. Apresento o cenário de reconstrução. Seria injusto falar para alguém uma mentira, contar sobre um cenário perfeito, que o Santos vive a mil maravilhas. Existem dois grandes compromissos: fazer muito com pouco, acreditamos que dá para montar um time que dê prazer e torcedor ao santista mesmo sabendo que vamos ter dificuldades no mercado, que não vamos sair comprando como os outros clubes."

César Sampaio pode ser efetivado?: "Tenho de agradecer ao César por assumir o desafio. Ele assume como uma figura que vai se conectar com os outros funcionários fixos para tocar essa próxima partida e ele está ciente de que o Santos conduz um processo de seleção, que busca nomes no mercado. Isso foi deixado bem claro desde o início. Tanto ele, como os jogadores, sabem que o clube vai buscar um treinador."

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